Muitos
autores brasileiros fizeram sucesso em todo o mundo. Manuel Bandeira, Mario
Quintana, Cecilia Meireles, Graciliano Ramos e Clarice Lispector são donos de
obras maravilhosas, porém nunca foram premiados pelo Nobel de Literatura.
O prêmio ficou pertinho do Brasil algumas vezes e não apenas com o sempre indicado Jorge Amado, cujas chances acabaram em agosto, com sua morte. O poeta modernista Jorge de Lima chegou a ser dado como nome certo. Em 1947, Artur Lunkvist, um influente membro da Real Academia Sueca de Letras – o mesmo que defendeu a candidatura vitoriosa (e para muitos imerecida) do chileno Pablo Neruda –, empolgou-se com a obra do poeta e veio ao Brasil. Na volta, ele convenceu os outros membros do comitê do mérito do brasileiro. Ficou acertado entre os suecos que o Nobel de Jorge seria entregue em 1958, já que antes era preciso premiar alguns grandes autores, como William Faulkner, relegados pela interrupção do prêmio durante a Segunda Guerra Mundial. Infelizmente, o brasileiro morreu antes, em 1953.
O poeta
Carlos Drummond de Andrade também foi seriamente cogitado. Mas ele próprio, que
sempre teve aversão a prêmios, desencorajou a candidatura. Quando, em 1967,
Arne Lundgren, seu tradutor para o sueco, pediu que ele lhe enviasse todas as
suas traduções disponíveis, certamente para atender a um pedido do comitê do
Nobel, Drummond respondeu, bravo, que não colaboraria, quase que ordenando que
ele interrompesse imediatamente o processo.
Em Literatura a América Latina recebeu os prêmios Nobel em 1945 com Gabriela Mistral do Chile; em 1967 com Miguel Astúrias da Guatemala; em 1971 com Pablo Neruda do Chile; Octávio Paz do México o levou em 1990 e Gabriel Garcia Márquez da Colômbia em 1982.
Comentário (por Emily Cristini e Giovanna Kiill):
Não podemos negar que o Brasil é dono de uma literatura
repleta de grandes nomes que seriam merecedores de tal prêmio.
Então por que ainda não ganhamos o Nobel de Literatura?
A resposta é muito simples: a educação pública é de péssima
qualidade e as pessoas leem raramente (cada brasileiro lê em média um livro inteiro
por ano), assim a literatura é desvalorizada não apenas pela população, mas
também pelo senado que apenas indica um candidato ao prêmio ao invés de
apoia-lo também.
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