Ligada ao tempo, ou melhor, ao seu tempo, a crônica o atravessa por ser
um registro poético e muitas vezes irônico, através do que se capta o
imaginário coletivo em suas manifestações cotidianas. Polifórmica, ela se
utiliza afetivamente do diálogo, do monologo, da alegoria, da confissão, da
entrevista, do verso, da resenha, de personalidades reais, de personagens
ficcionais... Afastando-se sempre da mera reprodução de fatos. E enquanto
literatura, ela capta poeticamente o instante, perenizando-o.
Conscientemente fragmentária (e essa é a sua força), pois não pretende
captar a totalidade dos fatos, a crônica vem-se impondo nos quadros da
literatura brasileira cultivada por Machado de Assis (ainda quando era
“folhetim”), Olavo Bilac e João do Rio.
Sobressaem-se, entre os cronistas mais recentes, Carlos Drummond de
Andrade, Eneida, Millôr Fernandes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Rubem
Braga, Sérgio Porto.
Fonte: Livro Gêneros Literários
– Angélica Soares
O cronista sempre dá atenção a fatos comuns da vida, ressaltando-os de maneira única.
Comentário (Emily Cristini Giovanna Kiill):
A crônica é
um gênero narrativo que mistura jornalismo e literatura, ou seja, a observação
minuciosa da realidade cotidiana com a linguagem literária.
Normalmente publicada em jornais e revistas não visa
transmitir informações sobre os fatos, mas sim apresentar uma análise sobre os
acontecimentos. O cronista sempre dá atenção a fatos comuns da vida, ressaltando-os de maneira única.
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