quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ensaio Sobre a Cegueira - "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."



O livro Ensaio Sobre a Cegueira do escritor português, José Saramago  conta a história de uma “cegueira branca” que atingiu uma cidade, começou aos poucos mas atingiu vários, gerou o caos na cidade, pois se proliferava de maneira surpreendente. Os novos cegos não podendo ser curados ou controlados foram colocados em uma espécie de quarentena até que o governo conseguisse acabar com esse caos, o que não aconteceu. O caos aumentou e as pessoas deixadas em quarentena foram obrigadas a lutar por comida e a despertar seus instintos mais selvagens em busca de sobrevivência. Em meio a toda essa situação havia uma mulher, esposa do médico que foi procurado pelo primeiro atingido pela cegueira, e essa mulher enxergava, foi parar naquele lugar acompanhando o marido e de repente se viu em um mundo que não imaginava, viu o pior e o melhor das pessoas ali, enquanto tentava ajuda-las. Um dia, essa mulher percebeu que não existia mais guarda prendendo-os naquela quarentena e saiu de lá junto com outras pessoas rumo a cidade que já estava destruída, juntou mantimentos, voltou pra casa, e então tão de repente quanto a cegueira surgiu ela se foi e as pessoas passaram a ver, de um jeito que nunca tinham visto a vida antes.

Podemos  ver no site: http://www.espacoacademico.com.br/088/88praxedes.htm que neste livro, portanto, o autor expõe a cegueira para evidenciar a importância do olhar, como explica a professora Teresa Cristina Cerdeira da Silva:

"... esse Ensaio sobre a cegueira pode ser lido inversamente como um ensaio sobre a visão. Esses cegos chegaram ao fundo do poço de onde puderam ver surgir suas fraquezas, sua arrogância, sua intolerância, sua impaciência, sua violência, a monstruosidade dos universos concentracionários. Mas assistiram também à sua própria força, à sua solidariedade, à sua generosidade, ao seu espírito revolucionário e à revisão de seus próprios preconceitos. Este, repito, é um ensaio sobre a visão: do outro, das relações humanas, das linguagens e seus clichês, da verdade, do poder e até dos gêneros literários nesse romance que, como se sabe, se quer ensaio. Porque este não é tão-somente um romance cujo assunto é a cegueira, mas também um ensaio entendido como experiência, experimentação que revele a possibilidade de enxergar para além das aparências, para além dos seus próprios limites convencionais." (SILVA, 1999:  294)

A cegueira pode ser encarada, assim, como um conjunto de representações falsas que embora surjam na própria vivência, nas relações sociais cotidianas, podem se autonomizar e passar a dominar o vivido, bloqueando a apreensão da realidade e a práxis, e impedindo a busca do novo. Tais representações dissimulam a realidade, uma vez que alguns cegos "...não o são apenas dos olhos, também o são do entendimento" (EC: 213) e assim difundem o seu mal como ocorre quando um "...olho que está cego transmite a cegueira ao olho que vê..." (EC: 111).

A epidemia de cegueira descrita é a alegoria sobre o horror vivenciado mas não visto; o olhar é a capacidade de ver e de reparar os males da convivência humana nas sociedades contemporâneas: "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara" (EC: 7).

Na apresentação pública desse romance o próprio José Saramago disse:  "Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso." (Fonte:http://www.coladaweb.com/resumos/ensaio-sobre-a-cegueira-jose-saramago)

E ele não poderia ter descrito de melhor forma, o livro nos mostra constantemente quem realmente somos por dentro, exatamente aquele aspecto do nosso caráter que tentamos de toda forma esconder para que pareçamos  belos (externa e internamente) aos olhos dos outros e de nós mesmos, uma vez que nos tiram esse sentido e nos vemos tendo que lutar pela sobrevivência vemos que somos animais de fato, não adianta tentar fugir, aceitar é o melhor a ser feito.
Giovanna Arruda

Ensaio sobre a cegueira no teatro


A incapacidade de enxergar ganha muitos sentidos no drama Breu, em cartaz no CCBB

por Carlos Henrique Braz.



Produções esmeradas e belas atuações povoam o circuito, mas poucos textos em cartaz na cidade se aproximam da excelência de Breu. Autor do drama simples na forma e complexo no conteúdo, Pedro Brício assinou sucessos recentes, a exemplo das comédias Trabalhos de Amores Quase Perdidos e Me Salve, Musical!. Ele mantém o estilo, com diálogos naturalistas, mas não repete a fórmula. Ambientada em um sobrado do subúrbio carioca, nos anos 70, a trama tem ponto de partida insuspeitado: duas mulheres se encontram para preparar os cachorros-quentes que serão servidos em um evento beneficente.

Cega, Carmem (Kelzy Ecard), a dona da casa, contrata a jovem Aurora (Andréia Horta) para ajudá-la. Enquanto picam legumes e cozinham, elas dividem aflições. A anfitriã está sem notícias do irmão, professor universitário e ativista político. Imatura, Aurora amarga divergências com os pais e dúvidas em relação ao homem com quem está se relacionando. As diretoras Maria Silvia Siqueira Campos e Miwa Yanagizawa conduzem o espectador ao universo dos que não podem ver. Nos primeiros dez minutos, Kelzy Ecard interpreta sua personagem no palco às escuras. Em atuação comovente, segue na penumbra durante boa parte da encenação. De olhos fechados, manuseia facas, acende o fogão e lava louça no belo cenário de Aurora dos Campos. A iluminação sutil de Tomás Ribas completa o pacote de acertos.

Breu (90min). 12 anos. Estreou em 18/1/2012. Centro Cultural Banco do Brasil — Teatro III (80 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2007. Quarta a domingo, 19h30. R$ 6,00. Bilheteria: a partir das 9h (qua. a dom.). Até 11 de março.

Fonte: http://vejario.abril.com.br/arte-e-cultura/teatro/breu-676809.shtml

Comentário:

A peça Breu, inspirada na obra de Saramago (Ensaio sobre a Cegueira), mostra que o ensaio pode ser adaptado para qualquer área artística, mostrando novas visões da obra, ajudando o público a compreender de várias formas diferentes, o interessante é que a obra já foi adaptada para o cinema, musicas e agora para o teatro.

Michael Taguchi.

Ensaio sobre a cegueira.

Trecho do livro e filme, ensaio sobre a cegueira.




"Levei a minha vida a olhar para dentro dos olhos das pessoas,
é o único lugar do corpo onde talvez ainda exista uma alma,
e se eles se perderam."




Postagem por Emily Christini

Trecho de "Ensaio Sobre a Cegueira"


Música inspirada em Ensaio Sobre a Cegueira

Ensaio Sobre a Cegueira
Detonautas

"Onde não se pode mais encontrar um coração

Me provoca o teu desprezo com um pouco de atenção.
A mentira que te cerca é mais normal do que se crê
Entre a sua liberdade e o meu direito de viver
Tente imaginar
Tente imaginar nós dois
Tente imaginar
Tente imaginar depois
E não confundir
Ódio com diversão, medo com paz!
E não confundir ódio com diversão
Afinal não estamos sós!
Onde não se pode mais encontrar um coração
Me provoca o teu desprezo com um pouco de atenção.
A mentira que te cerca é mais normal do que se crê
Entre a sua liberdade e meu direito de viver
Tente imaginar
Tente imaginar depois
Tente imaginar
Tente imaginar nós dois
E não confundir
Ódio com diversão, medo com paz!
E não confundir ódio com diversão
Afinal não estamos sós!
Jovens sem nenhuma utopia
Caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas
Sem nenhuma luz, sem nenhuma luz de Fernando Pessoa
Fechados nas sexuais telas da impotência
Se masturbam contemplando corpos em decomposição!
Morte da minha fé,
Onde estavam o beija-flor e o arco-íris
Na hora do nascimento dessas criaturas
Quantas gotas de flor restam nos corredores dos céus
De vossas bocas.
Quais fontes clamam por vossos nomes?
Eu entrando na virtuosa idade
E eles entrando em idade nenhuma.
Os filhos da morte burra
Cheiram o branco pó da anemia
Esqueceram que um dia tocaram na poesia da
Transgressão em pleno ventre de suas esquecidas mães
Esqueceram de colar o ouvido ao chão
Para ouvir as ternas batidas do coração das borboletas.
Os filhos da morte burra
Jamais levantam uma folha para conhecer o labor dos incertos
Jamais erguem taças ao luar para brindar a
Vigorosa lua
Os filhos da morte burra,
Desconhecem ou jamais ouviram falar em iluminação
Apenas abrem a boca para vomitar
E não confundir
Ódio com diversão, medo com paz!
E não confundir ódio com diversão
Afinal não estamos sós!"



Comentário: A letra comovente, mostra toda a sensibilidade de Ensaio sobre a Cegueira em algumas palavras.

Por Thaís Raposo dos Santos 

Tecendo a manhã

João Cabral de Melo Neto


Um galo sozinho não tece uma manhã;
ele precisará sempre de outros galo.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; a de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se comportando em tela, entre outros,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo ara todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A amanhã , toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

1º Festival Literário de Araxá, MG, começa nesta quinta-feira

Festival contará com a presença de Ziraldo, que em outubro completou 80 anos

O 1º Festival Literário de Araxá (Fliaraxá), no Alto Paranaíba, começa nesta quinta-feira (8) e segue até o próximo sábado (10). O evento reúne grandes escritores do país e será realizado na Fundação Cultural Calmon Barreto com entrada gratuita.
O tema é “Juventude e Experiência”. Entre os convidados estão Ziraldo, Fernanda Takai, Fabrício Carpinejar, Luis Fernando Veríssimo e Maitê Proença. Ziraldo, que completa 80 anos, será o homenageado.
O Fliaraxá contará com debates, palestras, lançamentos, oficinas, saraus, sessões de autógrafos, venda de livros e sorteios. O objetivo é o incentivo e contato com o universo literário. A Fundação Calmon Barreto fica na Praça Arthur Bernardes, nº 10, no Centro. Mais informações pelo site. Confira a Programação:

Quinta –Feira (8/11)
14h Coreto – Abertura oficial com Coral Madrigal Sol de Araxá;
15h Estação Literária – Sempre Um Papo com Paula Pimenta;
17h Estação Literária – Sempre Um Papo com Maitê Proença;
19h Coreto – Diversão, Cultura e Arte;
20h Estação Literária - Sempre Um Papo com Zuenir Ventura e Fernanda Takai;
21h Coreto - Diversão, Cultura e Arte.

Sexta-feira (9/11)
14h Estação Literária – Palestra infantil com Rúbia Mesquita;
16h Coreto – Diversão, Cultura e Arte;
19h Estação Literária Sempre um Papo com Luis Fernando Veríssimo e Milton Hatoum;
21h Coreto – Diversão, Cultura e Arte.

Sábado (10/11)
10h Estação Literária – Ziraldo;
11h30 Estação Literária – Oficina de Capacitação com Léo Cunha;
12h30 Coreto – Diversão, Cultura e Arte;
14h Estação Literária – Oficina de Contação de Histórias com Sandra Bittencourt e Babu Xavier;
16h Estação Literária – Sempre Um Papo com Fabrício Carpinejar;
17h Coreto - Sarau de Poesia com Fabrício Carpinejar;
19h Estação Literária – José Eduardo Agualusa

Fonte: G1

Comentário: O Festival Literário de Araxá é um evento de grande importância para a Literatura nacional, por reunir grandes escritores promovendo a leitura e o contato com as obras do nosso país.

Flip começa hoje com homenagem a Drummond

 

Por AE


São Paulo - A Festa Literária Internacional de Paraty de hoje faz lembrar muito pouco o evento que levou 6 mil pessoas e autores do porte de Eric Hobsbawm e Julian Barnes à cidade fluminense em 2003. O número de visitantes saltou para 20 mil e o clima intimista se perdeu. Mas a lista de escritores cultuados e premiados que Liz Calder, a idealizadora, conseguiu trazer nos primeiros anos e que os curadores vêm se esforçando para manter, segue o padrão e é um dos maiores atrativos da festa.

Na edição que começa nesta quarta-feira à noite com uma fala de Luis Fernando Verissimo sobre os 10 anos da festa, conferência dos críticos Silviano Santiago e Antonio Cicero sobre Drummond e show do Lenine e Ciranda de Tarituba, estarão Ian McEwan, Hanif Kureish e Enrique Vila-Matas, que já participaram de outras edições, e ainda Adonis, James Shapiro, Stephen Greenblatt, Jonathan Franzen, Dulce Maria Cardoso, Rubens Figueiredo, Zuenir Ventura, Francisco Dantas e outros.
E isso custa. A Flip, orçada em R$ 8,4 milhões, é um dos eventos literários mais caros do Brasil.
Uma pequena parte desse valor, R$ 1,4 milhão, é destinada às ações da Flipinha e da Flipzona, que envolvem crianças e adolescentes de Paraty e região.

É também um dos eventos mais charmosos do País, e serve de inspiração para tantos outros, como a Fliporto, de Olinda. O boom das festas literárias, aliás, será debatido pelo Itaú Cultural no Museu do Forte na tarde desta quarta. E o Itaú Cultural não é a única instituição a organizar eventos paralelos extraoficiais.

A Off-Flip já é tradição e organiza conversas com escritores, exposições e shows. A Casa Sesc receberá os vencedores de seu prêmio literário para conversas com o público. Na Casa do Instituto Moreira Salles, serão gravados programas da Rádio Batuta com os escritores convidados. Há muitas outras casas espalhadas pela cidade, sempre com alguma programação cultural, tentando pegar carona na Flip, recebendo bem seus autores, no caso das editoras, e entretendo o público que não conseguiu ingresso para os debates - a tenda dos autores comporta 800 pessoas.

A Casa de Cultura hospeda a programação paralela oficial. Lá, João Ubaldo Ribeiro e Walcyr Carrasco falam sobre Jorge Amado. Haverá ainda, entre outras atividades, uma exposição sobre Carlos Drummond de Andrade, o escritor homenageado desta edição. As informações são do jornal.


O Estado de S. Paulo.

Mix Brasil começa 20ª edição em São Paulo de cara nova

O Festival Mix Brasil não é mais um adolescente, mas ainda está longe da meia-idade. Inquieto como o jovem adulto que é, aos 20 anos resolveu mudar.
O maior festival cultural latino-americano da diversidade deixou para trás a programação exclusiva de cinema e aposta, na edição que começa nesta quinta (8), em vários locais da cidade, também em música, teatro, literatura e festas.
Ao lado dos 36 longas internacionais e 51 curtas brasileiros, o Mix apresenta a estreia do documentário "A Volta da Pauliceia Desvairada", sobre a noite gay paulistana, e representações de "Inferno na Paisagem Belga", da companhia de teatro Os Satyros.
O Centro Cultural São Paulo recebe a Balada Literária, com o escritor Marcelino Freire e peças temáticas. Também haverá sessões de filmes ao ar livre e em estações de metrô.
"Crescer foi uma necessidade", diz André Fischer, um dos idealizadores do Mix. "O público de festivais está envelhecendo, e trazer novas atrações atrai gente nova."
Entre 2010 e 2011, por exemplo, o público do festival cresceu de 30 mil para 45 mil pessoas ao investir em novidades. Para este ano, a expectativa é ultrapassar esse número.
A própria questão da diversidade mudou --deixa de ser apenas sexual e aborda diferenças de idade, cor etc.
Até o famoso Show do Gongo, um dos eventos mais esperados do Mix, passou por recauchutagem. A apresentadora Marisa Orth não vai mais "gongar" apenas filmes amadores mas também apresentações de "stand-up comedy", performances e uma batalha de "bate-cabelo".
A maratona LGBT começa nesta sexta com a exibição do longa belga "Caminho das Dunas", sobre um garoto apaixonado pelo amigo na década de 1970.
Outros destaques internacionais são "Nosso Paraíso", de Gaël Morel, sobre um prostituto de 40 anos, e os documentários "Meu Nome É Kuchu", que conta a história de um ativista gay assassinado em Uganda, e "O Homem Invisível", sobre homossexuais palestinos que buscam asilo em Israel.
As sessões de curtas, que tinham a mesma temática, agora se dividem, por exemplo, em "Crescendo com a Diversidade", para o público infantil, e "Mulheres Fodonas", sobre personagens femininas fortes, não necessariamente homossexuais.
"Ninguém aguenta mais filmes sobre gays saindo do armário", diz Fischer. "O desafio é se manter relevante dentro de novas discussões sobre sexualidade, como a velhice e gays que agora são pais."
O Mix Brasil também terá uma edição no Rio, que acontece entre 22/11 e 1º/12.

20º FESTIVAL MIX BRASIL
QUANDO de 8/11 a 18/11
PROGRAMAÇÃO mixbrasil.org.br

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1181943-mix-brasil-comeca-20-edicao-em-sao-paulo-de-cara-nova.shtml

Comentário: Esse festival tem como objetivo promover a cultura, importante como nunca, fala sobre a diversidade e os movimentos LGBT, com longas internacionais e nacionais.

Por: Danilo Lisboa

Bienal de Artes em SP

30ª Bienal de Artes de São Paulo

Sob o título A Iminência das Poéticas e reunindo 111 artistas de vários continentes e quase 3 mil obras, segue até 9 de dezembro a 30ª Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera.
"Essa edição se distingue por seu vigor e ineditismo", disse ao Estado o curador Luis Pérez-Oramas, sobre o evento que começou em 7 de setembro. O empresário venezuelano afirma que 75% dos artistas participantes da mostra possuem trabalhos nunca exibidos.
O orçamento da Bienal - que tem entrada gratuita - é de R$ 22,4 milhões. Desse total, 65% foi captado por meio das Leis de Incentivo, 9% são recursos da Prefeitura de São Paulo, 7% do governo estadual, 2% por meio de serviços e 17% de fontes privadas.

Algumas obras que participam nesta bienal, é do artista Bruno Murani, reunindo mais de 80 peças criadas pelo artista italiano desde a década de 1930.

Designer, artista, escritor, ilustrador, educador, o italiano Bruno Munari criou uma obra de várias vertentes, entretanto, pouco conhecida no Brasil. "Seu trabalho tem uma pluralidade e uma inquietação a ponto de ele ser um resumo de tudo o que temos na 30.ª Bienal de São Paulo", diz André Severo, curador associado da edição do evento, em cartaz até 9 de dezembro. Desde o início da concepção do projeto curatorial da mostra, com curadoria geral do venezuelano Luis Pérez-Oramas, Munari esteve incluído entre os participantes. Com o intuito de realizar uma exposição mais abrangente do italiano no País, a exibição de suas obras, mais de 80 peças, vai ser apresentada fora do Pavilhão da Bienal, tendo o Instituto Tomie Ohtake como morada.
Não se trata da uma retrospectiva, mas a mostra Bruno Munari. Arte, Desenho, Design, que será inaugurada amanhã para convidados e na quinta-feira, 08, para o público no Instituto Tomie Ohtake, ocupa quatro salas da instituição apresentando peças, objetos, livros, mobiliário e jogos educativos criados pelo multidisciplinar italiano desde os anos 1930. "A 30.ª Bienal aposta na busca de uma linguagem e Munari passou por tudo com um interesse genuíno no processo criativo, acreditando no poder transformador da arte", diz Severo. 
Segundo o curador, não foi fácil realizar a produção da mostra, que reúne peças de diversos acervos particulares e estava prevista, inicialmente, para ser aberta no dia 2 de outubro.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obras-de-bruno-munari-participam-da-30-bienal,956265,0.htm


Comentário: ( Por Emily Christini e Giovanna Kiill )

Reunindo mais de 111 artistas, esta bienal aposta na busca de uma linguagem retratada por Munari, que passou por tudo com um interesse genuíno no processo criativo, acreditando no poder de transformar a arte; com mais de 80 obras representando isso. 

 Com o intuito de realizar uma exposição mais abrangente do italiano no País, a exibição de suas obras, mais de 80 peças, vai ser apresentada fora do Pavilhão da Bienal, tendo o Instituto Tomie Ohtake como morada.


Nova produção visual.


Arte/Foto traz o que há de mais novo na produção visual


Nas duas últimas décadas, a fotografia explodiu nas mais variadas práticas artísticas e documentais, quebrando fronteiras e colocando-se como polo de discussão da nova - ou mais certo seria dizer - atual forma de visualidade. Uma fotografia que, como afirma a filósofa francesa Dominique Baque, "não se pretende mais heroica, mas uma imagem que brinca com a banalidade". É assim que encontramos possibilidades múltiplas para o fazer fotográfico, hoje em dia: desde experimentações tecnológicas até situações familiares.

Esse parece ser o fio condutor que acompanha toda a produção contemporânea: o ordinário, banal, familiar, uma ancoragem no cotidiano. Ao mesmo tempo, lembra-nos ainda a filósofa, numa tentativa de nos ajudar a compreender a produção atual, que desde os anos 80 estamos procurando "cenografar" a cultura, a teatralização do gesto. "A citação de quadros, a busca de uma ambição teórica na produção das imagens - do banal à fotografia erudita, passando pela intimidade do sujeito -, o campo da fotografia contemporânea é, muitas vezes, visto como um campo de tensão." O discurso, a fala torna-se, com frequência, mais importante do que a própria construção visual.

Parte desse arsenal imagético poderá ser visto a partir de amanhã na sexta edição do SP-Arte/Foto, uma reunião de 23 galerias que nos dão um panorama da fotografia nacional e internacional. Depois de cinco anos, o evento muda de endereço e passa a ocupar dois andares do Shopping JK Iguatemi, tornando-se uma das mais importantes feiras fotográficas da América Latina. Além da exposição fotográfica, também está programado um evento para discutir a imagem. A Zum, revista de fotografia editada pelo Instituto Moreira Salles, organizou um ciclo de encontros entre fotógrafos, além de lançamento de livros.

Comentário: ( Por Emily Christini e Giovanna Kiill )

A fotografia nos últimos anos vem trazendo novas práticas artísticas e documentais, e dessa forma conseguimos encontrar várias possibilidades para fazer o fotográfico.A Zum, revista de fotografia organizou um lançamento de várias fotografias que fazem parte desse ciclo. 



Madame Bovary revisitada

Clássico da literatura francesa sobe aos palcos paulistanos em adaptação contemporânea


 
 
Falar do presente através de uma grande obra. É com essa premissa que o espetáculo Madame B – Fita Demo – que tem como matéria-prima para a construção de sua dramaturgia o romance francês Madame Bovary, de Gustave Flaubert – sobe aos palcos do SESC Pinheiros, em São Paulo.
Ambientado num apartamento moderno onde acontece o ensaio de uma banda punk, o espetáculo utiliza em cena citações do livro para abordar temas como o capitalismo e a forma como a sociedade atual lida com o consumo.
“A Madame Bovary possui um desejo que não se sacia nunca. Ela vai adquirindo objetos de consumo supérfluos e fica cheia de dívidas. É o que está acontecendo com a Europa agora”, reflete Cibele Forjaz, diretora da peça.
Segundo ela, o projeto foi concebido por meio de um processo colaborativo: “Ninguém tem um trabalho alienado, tudo está integrado no todo da criação. O próprio texto nasce a partir do improviso dos atores”, diz.

Onde: SESC Pinheiros – R. Paes Leme, 195, São Paulo (SP)
Quando: 3/11 a 15/12
Quanto:
R$5 a 20
Info.: (11) 3095-9400


Fonte: http://revistacult.uol.com.br/home/2012/11/madame-bovary-revisitada/

Comentário: Vemos nesse espetáculo como o passado e o presente estão interligados. Madame Bovary é um clássico que nos fala sempre, e sua adaptação pro teatro o deixa mais próximo ainda do nosso presente.

Sete escritores amazonenses lançam novos livros em Manacapuru

1º Festival Literário Sesc Ciranda da Leitura acontece até o dia 10.
Márcio Souza e Celdo Braga lançam livros no interior do Amazonas.



 Tenório Telles - Escritor

Sete dos principais nomes da literatura do Amazonas vão lançar livros durante o 1º Festival
Literário Sesc Ciranda da Leitura, realizado desde quarta (7) na cidade de Manacapuru, distante 69km de Manaus. O escritor Celdo Braga será o primeiro a divulgar a mais nova obra da carreira intitulada "Estações" com lançamento programado para esta quinta (8) às 17h40.
Em seguida, Tenório Telles vai divulgar o livro "Viver" às 19h30. Já na sexta (9) é a vez do escritor Wilson Nogueira e Elson Farias lançarem os livros "Formosa- A Sementinha Voadora” e “Noite de natal na floresta”, respectivamente. No último dia de festival, o autor Dori Carvalho lançará o “Paixão e Fúria”, e Márcio Souza irá lançar o “Fascínio e Repulsa”. A coletânea "Antologia de Contos Sesc 2011, com os contos selecionados no Concurso de Contos 2011,
também será lançada no último dia do Festival.

Segundo os organizadores, o Festival Literário Ciranda da Leitura pretende fomentar o incentivo à leitura e formar cidadãos e leitores no Amazonas. O evento contará ainda com
oficinas e palestras voltadas à importância da leitura, apresentações culturais e exposição e venda de livros.


Fonte: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2012/11/sete-escritores-amazonenses-lancam-novos-livros-em-manacapuru.html

Comentário: Uma grande iniciativa do Sesc em promover o 1º festival Literário Ciranda da Leitura, uma ótima oportunidade para os escritores.

Por Danilo Lisboa

X Bienal do Livro do Ceará começa nesta quinta-feira

A Bienal do Livro vai homenagear o movimento literário 'Padaria Espiritual'.
Cantora Gal Costa abre bienal nesta quinta-feira (8) com show grátis.


Será aberta nesta quinta-feira (8), no Centro de Eventos, em Fortaleza, a 10ª edição da Bienal Internacional do Livro do Ceará. Na edição dste ano, a Bienal do Livro vai homenagear o movimento literário “Padaria Espiritual” - promovido por um grupo de escritores, pintores e músicos no final do século XIX.
Na abertura do evento haverá show da cantora Gal Costa. Outra novidade é a participação, pela primeira vez, de um Prêmio Nobel de Literatura, o escritor e dramaturgo nigeriano Wole Soyinka, vencedor do Prêmio em 1986. A Bienal Internacional do Livro do Ceará ficará aberta até o dia 18 de novembro.
Com o tema “Padaria Espiritual – O Pão do Espírito para o Mundo”, a Bienal do Livro vai lembrar os 120 anos do movimento. Outros nomes que vão receber homenagens durante o evento: o poeta, ficcionista e ensaísta cearense Rafael Sânzio de Azevedo, membro da Academia Cearense de Letras, onde ocupa a cadeira número 1; e o potiguar José Cortez, ex-lavrador, que saiu do sertão e, através da literatura, se tornou um dos principais editores do Brasil, tendo fundado a Editora Cortez.

Odete Semedo - Escritora
Entre as presenças confirmadas estão a escritora norte-americana Kim Edwards, Thalita Rebouças, Márcia Tiburi, Benjamin Abdala, Ana Miranda, Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Tati, Benjamin Abdala, Cristina Pretti, além dos escritores cearenses Lira Neto, Ricardo Kelmer e Ângela Escudeiro.
Nos eventos que ocorrem paralelmente à bienal - como o Encontro de Lusófonos -, estão nomes de Eduardo Quive (Moçambique), Filinto Elísio (Cabo Verde), Conceição Lima (São Tomé e Príncipe), Odete Semedo (Guiné-Bissau), Ana Nascimento, Zilda e Dramistas, Sebastião Chicute, Ari Bandeira e Alan Mendonça. O II Encontro de Ilustradores reunirá Rosana Urbes, Nathália Forte, Diego Akel, Ramon Cavalcante e Baião Ilustrado e coletivo Base.
 A 10ª edição da Bienal do Livro também levará ao Centro de Eventos, como parte da programação que contempla as interfaces literárias, cineclubes que reunirão pesquisadores cearenses como Maria Inês Pinheiro Cardozo, Maria Helena Cardoso, Fernanda Coutinho, Carlos Eduardo Bezerra, Paulo Andrade e Cleudene Aragão.
Datas como os 90 anos da Semana de Arte Moderna e os centenários de Luiz Gonzaga e dos escritores Jorge Amado e Nelson Rodrigues também serão lembradas no evento. Na programação da Bienal do Ceará, estão previstas, de acordo com a organização, mais de 500 atividades entre palestras, mesas-redondas, lançamentos de livros, exposições, shows líteromusicais, cineclubes, colóquios, convenções e debates.


Serviço
10ª Bienal Internacional do Livro do Ceará
De 8 a 18 de novembro de 2012
Local: Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza (CE)
Horário de Visitação: das 9 horas às 22 horas
Entrada gratuita

Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2012/11/x-bienal-do-livro-do-ceara-comeca-nesta-quinta-feira.html

Por Danilo Lisboa

Conheça redes sociais especializadas em livros

Os cariocas Viviane Lordello e Lindenberg Moreira queriam compartilhar com os amigos os livros de que gostavam quando criaram em 2009 o Skoob ("books" ao contrário), a primeira rede social brasileira destinada a leitores de livros. Desde então, encontrar outras pessoas na internet que leram os mesmos livros para trocar experiências, críticas e até recomendar outras leituras se tornou um hábito mais simples. Afinal, quando um livro é bom, há a necessidade de compartilhá-lo com o mundo.
Viviane conta que o Skoob foi criado para atender um grupo de amigos que queria uma alternativa online para falar de livros. Não demorou muito para que outras pessoas com a mesma necessidade se cadastrassem. Na primeira semana, 2.500 pessoas entraram para a rede. "Foi nesse momento que percebemos que havia muita gente esperando uma rede social específica para leitores", diz ela.Com uma interface simples, o Skoob permite ao usuário listar os livros que leu, os que está lendo e os que quer ler. Também é possível apontar os livros que foram relidos e os abandonados. Há ainda a possibilidade de publicar resenhas elaboradas, divulgar o andamento da leitura e interagir com usuários que estão lendo o mesmo livro. Para aproximar leitores que têm gostos similares, a rede social ainda permite a criação de grupos que funcionam como fóruns de discussão. "Ler é quase sempre algo que fazemos de forma solitária. Geralmente gostamos de comentar o que estamos lendo, mas é difícil encontrar pessoas que estejam lendo o mesmo livro dentro do nosso ciclo de amizades", afirma Viviane.O site é uma paixão para a jornalista e blogueira Juliana Oliveto, de 23 anos. Criadora do site Livros e Bolinhos, Juliana usa o Skoob desde 2009. "Gosto dele pela organização que me proporciona. Posso marcar a data em que li cada livro, por exemplo. Gosto da praticidade de reunir as informações da minha estante e para poder contar quantos livros li por ano", diz. 
O Skoob não é a única ferramenta do tipo. Similar a ele, o Goodreads é o pioneiro das redes sociais literárias nos Estados Unidos. O site foi desenvolvido em 2007 pelo norte-americano Otis Chandler, que diz ter tido a ideia quando passava os olhos pela estante de livros de um amigo, procurando um livro para ler. "Percebi que quando quero uma dica de leitura recorro a um amigo e não a um desconhecido em uma lista de bestsellers", disse Chandler à reportagem. "Então pensei em criar um site para ver a estante de todos os meus amigos e descobrir o que eles acharam de todos aqueles livros."O Goodreads também permite criar uma estante virtual, que pode ser vista por todos os amigos do usuário na rede. Os títulos podem ser divididos em prateleiras temáticas ou nas categorias "li", "lendo" ou "quero ler". Também é possível compartilhar resenhas, comentários e criar grupos de discussão.Descobertas. Além de compartilhar experiências de leitura, ambas as redes sociais possibilitam o compartilhamento de livros. No aplicativo para iPad e iPhone, o Goodreads oferece o download gratuito de títulos que já estão em domínio público. Chandler afirma que também foi pensando no mercado de e-books que a rede foi desenvolvida. "Comprar livros é algo que está migrando para o meio online. As pessoas precisam encontrar uma maneira de descobrir livros online, o que é um desafio muito maior do que avaliar os títulos em uma estante."Além disso, Chandler cita a publicação independente como um outro fator importante para o uso das redes sociais na descoberta de novas leituras. "Se você perguntar a uma editora ou a um autor qual é o principal problema da indústria hoje eles vão dizer que é a ‘descoberta’. O Goodreads ajuda pessoas a descobrir novos livros por meio de amigos, da comunidade e de nossa ferramenta de recomendações." Com base nas avaliações do usuário, o Goodreads cria uma seleção de títulos de gêneros, temas e autores semelhantes aos listados como favoritos.No Skoob a descoberta vai além. O site tem um espaço exclusivo para trocar livros. Os usuários podem divulgar os livros que têm e querem trocar e aqueles que gostariam de receber. "Uso o Skoob apenas para troca de livros. Não atualizo meu perfil com frequência e nem tive tempo para montar a minha estante", diz a professora de inglês e tradutora Tatiana Feltrin, de 30 anos, que faz resenhas de livros no YouTube. O espaço também é usado por editoras, que fazem promoções para os usuários do Skoob. Responsável por algumas das obras favoritas do público da rede social, como os livros da série Harry Potter, a editora Rocco usa a ferramenta em seu favor. Para Cíntia Borges, gerente de comunicação da empresa, as promoções fazem o livro chegar a leitores em potencial. "Alguém que deseja ler o que produzimos pode funcionar como um porta-voz informal e espontâneo de nossos livros", diz.Cada ação promovida por uma editora tem em média 5 mil participantes interessados em uma cópia do livro, o que colabora para a divulgação do título. Os gêneros variam de autoajuda, literatura infanto-juvenil e até mesmo biografias. Seja para compartilhar experiências, descobrir novos títulos ou conhecer novos amigos, redes sociais são importantes ferramentas nesse processo. "As pessoas não querem apenas ler, mas também compartilhar suas opiniões. E sem a internet não vejo como isso poderia acontecer", afirma Juliana Oliveto. PARA DISCUTIRSKOOB - Criado em 2009, tem 725 mil usuários cadastrados e permite criar uma estante virtual, compartilhar resenhas, participar de discussões e trocar livros. www.skoob.com.br;GOODREADS - Criado em 2007, tem 11 milhões de usuários cadastrados. Permite montar estantes virtuais, compartilhar resenhas e recomendar livros aos usuários. www.goodreads.com;

Fonte: Yahoo! Notícias

Comentário: Essas redes sociais animam os jovens a ler os seus livros prediletos sem sair de casa e precisar ir até uma livraria adquiri-lo. Interessante também é poder dar opiniões e comentários sobre tais livros.

Por Thaís Raposo dos Santos

Araxá realiza feira literária


A cidade de Araxá, em Minas Gerais, realiza, de amanhã a sábado, o seu primeiro festival literário. O Fliaraxá vai discutir Juventude e Experiência e terá, em sua programação, nomes novos e consagrados da literatura brasileira. Estarão presentes os autores Ziraldo, Fernanda Takai, Zuenir Ventura, Fabrício Carpinejar, Luis Fernando Verissimo, Milton Hatoum, Rúbia Mesquita, Léo Cunha, MV Bill e o português José Eduardo Agualusa. Sob a curadoria de Afonso Borges, idealizador do projeto Sempre Um Papo, o festival terá debates, palestras, lançamentos e oficinas, entre outras atividades. Mais informações no site fliaraxa.com.br

Festival Literário de Araxá - FLIARAXÁ


Siga o Fliaraxá nas Redes Sociais:
 
Fonte: Estadão - Cultura
 
Comentário: O Fliaraxá tem uma proposta multicultural e pedagógica, tendo no incentivo e contato com o universo literário seu principal objetivo. É muito interessante por ter o tema Juventude e Experiência, que é fundamental, na minha opinião, falar de dois opostos tão importantes.
 
Por Thaís Raposo dos Santos

Morre escritora chinesa Han Suyin

 
A prolífica escritora chinesa Han Suyin morreu na sexta-feira, aos 95 anos, em Lausanne, na Suíça. Autora de Suplício de uma Saudade (Record), filmada por Henry King, sua principal obra foi uma autobiografia em cinco volumes: A Cripled Tree, Mortal Flower, Birdless Summer, My House Has Two Doors e Phoenix Harvest, todos publicados entre 1964 e 1979. Os numerosos romances e ensaios, assim como encontros com Indira Gandhi, Mao Tsé Tung e Zhou Enlai lhe trouxeram fama mundial. Han nasceu em 1917, estudou medicina na China, na Inglaterra e na Bélgica. Clinicou em Cingapura e publicou seu primeiro livro aos 25 anos.

Fonte: Estado de São Paulo

Comentário: O mundo perde mais um ícone da Literatura, Han Suyin!

Por Danilo Lisboa

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Livro de escritor goiano explica letras de músicas da banda Legião Urbana



Marcos Carvalho Lopes, 31 anos, era professor de filosofia em escolas estaduais de sua cidade natal, Jataí (GO), quando decidiu, no começo dos anos 2000, se utilizar de letras de canções da Legião Urbana para despertar em seus alunos interesse pela disciplina. Fã da banda desde meados da década anterior, o jovem não era do tipo que ia a shows, mas se impressionava com as ideias que embasavam os escritos de Renato Russo. Os estudos informais foram ganhando consistência e Marcos decidiu colocá-los no papel. Entre 2001 e 2007, dedicou-se a escrever Canção, estética e política — Ensaios legionários, que chega agora às lojas, pelo Mercado de Letras.

Um dos primeiros estalos de que a obra da Legião poderia manter um diálogo com questões filosóficas veio com a canção Se fiquei esperando meu amor passar, do álbum As quatro estações (1989). “Ela mistura a descrição de uma relação afetiva idealizada com um canto do catecismo católico. Para mim, como adolescente, essa junção satisfazia certa busca platônica que nessa fase da vida se torna muito chamativa. Como diria Nietzsche, o cristianismo seria um platonismo para massas”, detalha Marcos. Já no início da letra de Sereníssima, (“Sou um animal sentimental/ Me apego facilmente ao que desperta meu desejo”), o estudioso percebeu uma alusão ao filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau, que descreveu o homem desta forma.

O autor Marcos Carvalho Lopes destaca alguns trechos de seu livro "Canção, estética e política - Ensaios legionários".

"Invertendo paradigmas sociais – feito comum nas canções da Legião onde existem narrativas, em Eduardo e Mõnica é ela quem “comanda” a relação: é mais velha, faz medicina, fala alemão, tem um gosto literário e musical refinado (gosta da poesia de Manoel Bandeira e do francês Arthur Rimbaud, das canções de Bauhaus, Mutantes e Caetano Veloso, da pintura de Van Gogh...) é mística, é punk (usa tinta no cabelo) e liberal. Eduardo aparece como um rapaz caseiro, de classe média burguesa, muito ligado aos valores familiares. Dessa combinação inusitada, surge uma relação amorosa, que cultivada (fizeram juntos natação, artesanato, teatro e viagens), fez com que conseguissem certo equilíbrio. Juntos (brigando, trabalhando, comemorando, etc.) construíram uma casa, uma família e todos dizem que são diferentes, mas se completam. Mesmo “com tudo diferente” inventaram uma saída poética por meio do amor." (p.64)

Começa o faroeste. Mas, o que diz “faroeste”? Esse nome nos trás a memória um gênero cinematográfico que, diferentemente de outros que se definem pelo sentimento que causariam no espectador (drama, suspense, terror etc.), representa uma região geográfica numa época específica: o “Oeste Selvagem” (Wild West ) dos Estados Unidos na segunda metade do século XIX, no período que vai da Guerra Civil ao fim da expansão dos rebanhos e da exploração de minérios, por volta de 1880. A chamada “marcha para o Oeste” (que deu origem ao nome far west ), teve como objetivo a busca por terras e ouro, o sonho de que nas regiões selvagens estariam as oportunidades de futuro e liberdade. No entanto, a rápida ocupação territorial gerou uma sociedade onde, sem a presença do Estado, valia a lei do mais forte.[...] Na história de João do Santo Cristo a “marcha para o Oeste” é a migração da personagem de uma região pobre do nordeste brasileiro em busca de um lugar onde tivesse oportunidades. Brasília surge como a “visão do paraíso”, uma terra prometida em sua dimensão utópica estrutural. (p.78-79)

[...] ao abandonar o mundo em favor de um ideal, ao procurar um ponto fixo a partir do qual tudo poderia ser explicado, o discurso da Legião Urbana caiu na metafísica como descrita por Jorge Luis Borges: uma espécie de literatura fantástica que nos causa admiração e assombro, mas que é constantemente desmentida pela realidade. O sentimento exaltado em As Quatro Estações é um ideal, o discurso desse álbum é de idealismo-romântico. A tediosa obsessão romântica com a morte e a sublimação ganham contornos políticos de transformação social: num momento em que o país se preparava para eleger democraticamente um presidente, depois de mais de 25 anos, o discurso da Legião Urbana captou e refletiu bem a esperança utópica de que a democracia poderia trazer consigo uma melhoria nas condições de vida da população. O confronto com a realidade facilmente “derreteria as asas de cera” desse idealismo romântico pós-moderno: infelizmente, isso era inevitável, não só para esse grupo de rock, mas para o país inteiro. (p.117)

É difícil daí não deduzir um paralelismo entre a vida pessoal e a vida da nação em o descobrimento do brasil. Os vícios de anos de Ditadura estariam vindo à tona com toda a força e o país precisaria se reinventar para sair do ciclo destrutivo de euforia e depressão, ou seja, deveríamos abandonar as esperanças de transformações épicas na política e assumir cada qual sua responsabilidade na difícil transformação dessa realidade. O seu discurso tentava também assimilar as lições da Era Collor. Nesse sentido, o descobrimento do brasil funcionaria como “uma reconstrução”, buscando falar “da valorização da família sem ser careta”, denunciando a indiferença e exaltando a responsabilidade de cada um como cidadão. (p.136)

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2012/07/15/interna_diversao_arte,311879/livro-de-escritor-goiano-explica-letras-de-musicas-da-banda-legiao-urbana.shtml

Comentário: Renato Russo foi não só um dos maiores músicos das últimas décadas aqui no Brasil, como um dos maiores poetas. Viveu de perto a ditadura passando a adolescência e juventude em Brasília e assim soube retratar de maneira magistral a realidade da época, sendo assim, um livro explicando todas as influências de suas composições não explica só a obra da Legião Urbana, mas sim o que nós víamos, vivíamos e chamávamos de país a 30 anos atrás.
Giovanna Arruda

Nova rota turística alemã segue passos dos irmãos Grimm




Era uma vez um homem que vivia com sua mulher e três filhas. Ele era feliz, mas temia que suas filhas, já adolescentes, não acreditassem mais em contos de fadas.

Ele então perguntou às garotas se acreditavam nos contos e, após respostas negativas das duas filhas mais velhas, ouviu da mais nova a seguinte resposta: "Pai, tenho medo de me tornar tão cínica quanto minhas irmãs. Ouvi falar de um reino distante onde os contos de fadas realmente existem. Leve-nos lá!".

Não havia uma carruagem de abóbora disponível, então embarcaram em um trem em direção à cidade de Colônia, na Alemanha, onde alugaram um carro e seguiram pela rota dos contos de fadas.

A rota vai de Hanau, próximo a Frankfurt, local de nascimento de Wilhelm e Jacob Grimm, até Bremen, no norte do país, e neste ano celebra uma data especial: dezembro marca os 200 anos da publicação da primeira edição dos contos dos irmãos.

Ao longo de mais de 600 km, o itinerário passa por vilarejos e cidades que tiveram um papel importante na vida dos Grimm e inclui florestas, castelos e torres que supostamente foram cenário dos contos de fadas mais conhecidos.

A chave para entender a rota é distinguir entre o factual (onde os irmãos estudaram, viveram e morreram) e o ficcional (onde Bela Adormecida e Branca de Neve viveram).

Na pequena cidade de Steinau é possível visitar a casa para onde Jacob e Wilhelm se mudaram quando eram jovens, hoje um museu que explica o papel dos Grimm na história e na literatura alemãs. Em Kassel, onde passaram a maior parte de suas vidas, um museu abriga uma cópia dos contos de fadas escrita à mão pelos irmãos. Mas esses locais são mais interessantes para estudantes do que para jovens turistas e é então que a ficção começa.

A casa de Branca de Neve, por exemplo, está situada na vila de Bergfreiheit, nas colinas próximas à cidade de Bad Wildungen. Ao entrar em um dos quartos, o visitante se depara com sete pequenas camas. Fora isso, a única ligação com Branca de Neve é uma placa no andar de cima, que conta a história de Margaretha von Waldeck, uma bela moça que foi obrigada pela madrasta a mudar-se de Bergfreiheit e que morreu em 1554 aos 21 anos, aparentemente envenenada.


Já a casa de Rapunzel é adornada por uma longa trança de cabelos louros, que pende da janela de uma torre do hotel Trendelburg, um verdadeiro castelo de conto de fadas, com armaduras, torres e um guia vestido como um cavaleiro medieval.

Há ainda o castelo de Sababurg, também um hotel, conhecido por ter sido a casa de Bela Adormecida.

Mas foi a cidade de Hamelin o lugar que realmente provocou a imaginação das meninas. Um passeio pelas ruas de pedra, com suas casas de madeira, criou um clima de fantasia, mas foi uma atração do museu que capturou a atmosfera do conto do flautista de Hamelin.

Sentados em sacos de milho, os visitantes assistem a figuras criadas com velhas chaves, raladores de queijo e foices encenarem a história, que acaba com a fuga de dúzias de camisolas da cidade.

Ao longo da rota, é possível perceber que a verdadeira atração não são os cenários imaginários dos contos de fadas, mas a própria paisagem alemã: as belas cidades e vilas encravadas em colinas, as ruas de pedra, os rios Fulda e Weser, o lago Edersee e, acima de tudo, as florestas.

Parece que por todo o caminho não se passa por nada além de árvores. Elas estão ali mesmo quando o visitante alcança os limites de cidades grandes como Hannover. Em 2011, as florestas de faia da Alemanha ganharam o título de patrimônio da humanidade pela Unesco.

Ao fim da jornada, o homem perguntou à filha mais nova se agora ela acreditava em contos de fadas e ela respondeu: "Confesso que ainda não estou convencida, mas amei os bolos e as salsichas da Alemanha".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/turismo/1178336-nova-rota-turistica-alema-segue-passos-dos-irmaos-grimm.shtml

Comentário: As histórias dos irmãos Grimm nos remetem automaticamente a nossa infância, aos filmes da disney que tanto assistimos e amamos, ter a chance de conhecer a região onde elas surgiram e ver que algumas dessas histórias podem até ter algumas bases em histórias reais é como se fossemos transportados aos conto de fadas, como se pudéssemos vivê-los nós mesmos.
Giovanna Arruda 

FEIRA DO LIVRO EM POA

Em 10 dias, a Feira do Livro de Porto Alegre já comercializou 225.008 obras. O balanço foi divulgado nesta terça-feira pela Câmara Rio-Grandense do Livro, que contabilizou as vendas até o último domingo (04).
Em 10 dias de Feira do Livro, mais de 225 mil exemplares já foram vendidos Félix Zucco/Agencia RBS
A Área Geral reuniu o maior volume de vendas, com 172.120 livros. Já na Área Infantil, o número de exemplares soma 42.472, enquanto na Internacional foram comercializados 10.120 obras.

Na edição de 2011, as vendas chegaram a 459.588 livros, um aumento de 12% em relação à 2010. A Feira do Livro acontece até o próximo domingo (11), na Praça da Alfândega.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2012/11/em-10-dias-de-feira-do-livro-mais-de-225-mil-exemplares-ja-foram-vendidos-3942104.html

Comentário:

Isso mostra que cada vez mais os brasileiros estão se interessando pela leitura, com grande números de livros infantis vendidos, incentivando a leitura na infância, que ajuda na formação cultural das crianças, também incentivando os próprios pais a lerem. Uma forma de tirar as crianças do vício nos meios digitais apenas, essa é a melhor maneira de substituir os tablets, celulares e videogames de forma educativa .

Michael Taguchi.

Mostra no Rio revê ambições intelectuais de Mário de Andrade e seus interlocutores


Poeta e romancista, catalisador da vanguarda paulista, o autor de Macunaíma, que viveu (de 1893 a 1945) para pensar e escrever, está exposto em palavras e imagens em Cartas do Modernismo, exposição que será aberta no próximo dia 13 no Centro Cultural Correios, no Rio.
'Tendências más' ressaltadas por Lasar Segall - Reprodução

A curadora, Denise Mattar, propôs a mostra para este espaço por conta do assunto afim - com isso, o nonagenário da Semana de Arte Moderna, que passou praticamente em branco na cidade neste 2012, ganha a sua reflexão carioca.
O foco está nas artes plásticas, mais especificamente na onda levantada em 1922, e há destaque também para indiscrições, disputas e picuinhas cultivadas entre os artistas (as brigas com Oswald de Andrade, relatos de bebedeiras, a necessidade de trabalhar para a sobrevivência, enquanto outros de seu grupo tinham dinheiro de família).
Os destinatários são interlocutores próximos: Tarsila, Anita Malfatti, Candido Portinari, Enrico Bianco, Cícero Dias, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Victor Brecheret e Henriqueta Lisboa. Todos já tiveram diálogos com Mário publicados antes.
Mas a exposição traz novidades: por exemplo, a exibição de cartas que falam sobre determinadas obras dos artistas ao lado dos quadros em questão. Como a inspirada comparação dos retratos dele feitos por Portinari e Lasar Segall (abaixo), enviada ao amigo radicado no Rio.
"A relação era de muito afeto, Mário como um irmão mais velho (dez anos). Ele se orgulhava de ter sido a primeira pessoa a descobrir o talento do meu pai", conta João Candido Portinari, que deve lançar em 2013, nos 110 anos de nascimento de Portinari, um volume com as cartas trocadas pelos dois (já existe um somente com as de Mário).
O Violinista, quadro que fez Mário olhar para o jovem Portinari no Salão Revolucionário de 1931 (aquele que abrigou pela primeira vez, artistas de perfil modernista), estará na mostra. E mais dois retratos de Mário, o de Segall e um de Enrico Bianco, aluno de Portinari e seu colaborador. O visitante vai ver ainda obras de Anita, Di, Cícero e Ismael Nery, entre outros.
Raridades nunca exibidas são as cartas ilustradas a guache, nanquim e lápis, de remetentes como Cícero, Di, Brecheret e Menotti del Picchia. Os desenhos podiam estar no centro do papel, com textos em volta, ou à parte, como o cartão de Natal em linóleo mandado em 1940 por Quirino Campofiorito. Mário, vez ou outra, também desenhava: com humor, retratou-se caindo do bonde num relato a Anita.
Entre as muitas cartas de e para Drummond e Bandeira, interessou à curadoria aquelas em que ele fala de aspectos nacionalistas da pintura que desejava ver. Elas estarão próximas de Di - para Mário, o mais brasileiro dos artistas. Está nessas escolhas o caráter pedagógico da exposição. "A correspondência do Mário é interessantíssima, e agora estará ao alcance de um público maior. O volume do Bandeira, por exemplo, é um tijolo de 740 páginas", diz Denise Mattar.
O material veio do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, que guarda e analisa o acervo de Mário (bibliografia, manuscritos, cartas, obras de arte), e também do Projeto Portinari e de coleções particulares.
A maioria das cartas será apresentada em versão fac-símile, por sua fragilidade; uma parte foi transcrita, para facilitar a compreensão (a caligrafia nem sempre é clara); outra, será ouvida na interpretação de um ator, tamanha sua carga emocional - um exemplo é a declaração de adoração profunda por Tarsila. a qual via como uma deusa do equilíbrio, "inimiga dos excessos"

Comentário:

Com essa exposição o público poderá relacionar as obras dos artitas com suas inspirações, isso pode dar um novo entendimento para obra, além de incentivar a imaginação das pessoas, com certeza essa exposição vai ser importante para a literatura e cultura da sociedade.

Michael Taguchi.

domingo, 4 de novembro de 2012

Tradutor Paulo Bezerra é premiado na Rússia



Paulo Bezerra, responsável por traduções para o português de obras clássicas russas, foi condecorado com a medalha Puchkin, dada pelo governo da Rússia a personalidades que ajudam a difundir a cultura do país pelo mundo.

A entrega do prêmio, marcada para 4 de novembro, não contará com a presença do brasileiro, que deve receber a homenagem em Brasília.

No próximo dia 5, o tradutor participa da abertura do Encontros de Literatura Russa, promovido pelo Centro Universitário Maria Antonia e pela editora 34, que publicou alguns de seus principais trabalhos, como "Crime e Castigo" e "Os Irmãos Karamazov", de Dostoievski.

Boris Schnaiderman, responsável pela tradução de Tolstói, Tchekhov, Púchkin, Górki, Maiakóvski, Bábel e outros, também já recebeu a medalha.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1179480-tradutor-paulo-bezerra-e-premiado-na-russia.shtml

Comentário:
Raramente vemos o nome do tradutor do livro que estamos lendo, mas ele é responsável por grande parte do trabalho de nos fazer entender aquele história, de adaptar ela a nossa língua, por isso é importante darmos valor a eles e é interessante ver que um tradutor responsável pelas versões em português de obras como as de Dostoievski sendo reconhecido lá fora.
Giovanna Arruda

sábado, 3 de novembro de 2012

Hugo Cabret traz mistério sobre boneco mecânico



"A Invenção de Hugo Cabret" prendeu a atenção de uma turma do 5º ano da escola Prof. Nelson Neves de Souza, de Mogi Mirim.

Yasmim Procópio, 10, conta que o livro tem "suspense, invenções e muito mais". Nayara Tomé, 10, resume a história assim: "Um garoto órfão se esconde em uma estação de trem em Paris, no ano de 1930. Ele se chama Hugo Cabret e quer desvendar o mistério que seu pai deixou antes de morrer".

Esse tal mistério tem a ver com um autômato, tipo de boneco mecânico, diz Beatriz Biazotto, 10.

"Por quem foi construído? Você só irá saber se ler", instiga Beatriz, sem querer revelar as partes mais emocionantes do livro. Ela lembra ainda que a obra tem ilustrações em preto e branco.

Já o filme baseado nessa aventura, lançado neste ano, é colorido e tão legal quanto a obra no papel.

"A Invenção de Hugo Cabret"
AUTOR Brian Selznick
EDITORA SM
PREÇO R$ 45

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1178565-hugo-cabret-traz-misterio-sobre-boneco-mecanico.shtm

Comentário: É muito importante escolas e pais incentivarem crianças a entrarem no mundo dos livros pois incentiva a imaginação e a criatividade além de construírem uma boa bagagem cultural para a geração que será o futuro de nosso país. Confesso, do alto dos meus 18 anos me vi apaixonada pela história de Hugo Cabret, um órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930, tomando conta dos gigantescos relógios do lugar e apaixonado pelo funcionamento das máquinas. Qualquer criança amará entrar nesse mundo mágico de fantasia dos livros, então não perca a chance de incentivar a leitura.
Giovanna Arruda

Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade