segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A Crônica



Ligada ao tempo, ou melhor, ao seu tempo, a crônica o atravessa por ser um registro poético e muitas vezes irônico, através do que se capta o imaginário coletivo em suas manifestações cotidianas. Polifórmica, ela se utiliza afetivamente do diálogo, do monologo, da alegoria, da confissão, da entrevista, do verso, da resenha, de personalidades reais, de personagens ficcionais... Afastando-se sempre da mera reprodução de fatos. E enquanto literatura, ela capta poeticamente o instante, perenizando-o.

Conscientemente fragmentária (e essa é a sua força), pois não pretende captar a totalidade dos fatos, a crônica vem-se impondo nos quadros da literatura brasileira cultivada por Machado de Assis (ainda quando era “folhetim”), Olavo Bilac e João do Rio.

Sobressaem-se, entre os cronistas mais recentes, Carlos Drummond de Andrade, Eneida, Millôr Fernandes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Sérgio Porto.



Fonte: Livro Gêneros Literários – Angélica Soares



Comentário (Emily Cristini Giovanna Kiill):

A crônica é um gênero narrativo que mistura jornalismo e literatura, ou seja, a observação minuciosa da realidade cotidiana com a linguagem literária.
Normalmente publicada em jornais e revistas não visa transmitir informações sobre os fatos, mas sim apresentar uma análise sobre os acontecimentos.
O cronista sempre dá atenção a fatos comuns da vida, ressaltando-os de maneira única.


 

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