O Estádio do
Pacaembu comemora em Abril 73 anos de histórias e emoções, um dos mais
importantes estádios do estado de São Paulo, o Pacaembu já recebeu a visita do
Papa Bento XVI em 2007, além de ter sido palco de grandes shows na cidade, como
por exemplo, as bandas AC/DC, The Rolling Stones, Iron Maiden, entre outros
festivais de importantes. Considerado o
maior estádio da América Latina na década de 40, o Pacaembu foi inaugurado no
dia 27 de Abril de 1940 com a presença do presidente Getúlio Vargas e o
prefeito Prestes Maia. No primeiro dia de inauguração houve o desfile dos
atletas para o público na arquibancada.
O complexo
poliesportivo do estádio recebe os cidadãos da região, onde é oferecido aulas
em diversos esportes para incentivar a participação da população. O centro
esportivo já realizou os Jogos Pan-americanos de 1963. Dentro do estádio também
se encontra o museu do futebol, onde é contada a história do esporte desde sua
chegada ao Brasil, no século XX. O ex-jogador
Basílio diz que o Pacaembu traz uma grande emoção para as pessoas, por ser um
estádio grandioso. A cidade de São
Paulo parabeniza um dos mais importantes estádios do Brasil, que é tombado pelo
CONDEPHAAT por ter um estilo Art Déco da década. Um ponto turístico para quem é
fã do futebol.
Comentário:
O estádio do Pacaembu é um grande ponto turístico futebolístico da cidade, agora com a abertura do museu, a frequência de visitantes cresceu, pois conta a história do futebol desde do começo no país. Uma opção de lazer e diversão para as pessoas que residem no local, e até para pessoas de outras localidades.
O clipe de "She", um dos maiores hits do Green Day, foi transformado em animação com bonecos de Lego substituindo os integrantes da banda.
Criado pelo software de animação Raptor 5120, o vídeo traz os brinquedos na pele de Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tre Cool, em cenografia que remete ao álbum "American Idiot" (2004).
Ao fundo, estão as capas dos discos "Nimrod" (1997) e os recentes "¡Uno!" "¡Dos!" "¡Tré!", de 2012.
Editora Alfaguara relança duas obras do poeta gaúcho
Em comum entre as duas novas edições de Mário Quintana, organizadas por Ítalo Moriconi, há a frase: “Um relógio de parede numa velha fotografia – está parado?”. Em Caderno H, é um dentre os quase 300 aforismos e pequenas prosas impressas no jornal Correio do Povo. Em Esconderijos do tempo, serve de epígrafe autorreferente e dá o tom que permeia essa coleção de poemas, concretizada quando o autor tinha 74 anos: a saudade, a memória, a vida que passa depressa. Sem melancolia ou sentimentos nostálgicos, a obra de Quintana mantém-se atual três décadas após sua publicação, graças ao bom-humor e intuição certeira do autor sobre as pequenas reflexões cotidianas.
Joseph Mitchell nasceu em 1908, na Carolina do Norte. Mudou-se para Nova York em 1929, um dia depois da “Quinta-Feira Negra”, do crash da Bolsa. Trabalhou em jornais, como o New York Herald Tribune até 1938, quando passou a integrar a redação da New Yorker. Trabalhou lá até o final da vida, em 1996.
Joseph Mitchell em 1989. (Anne Hall/The New Yorker)
Na edição da Companhia das Letras, o cineasta João Moreira Salles crava no posfácio: “Em carta à redação, o editor [Willian Shawn] que dedicara 57 anos a publicar uma das revistas mais extraordinárias do século passado escreveu: ‘Como disse um leitor, a New Yorker foi a mais gentil das revistas. Talvez tenha sido também a melhor, mas isso tem muito menos importância’. As palavras se aplicam a Mitchell. Talvez ele tenha sido o melhor de todos, porém o mais importante é que foi o mais gentil. Escreveu com imenso carinho [...]. Escrevia para que as coisas não morressem”.
“Joe Gould é um homenzinho alegre e macilento, conhecido em todas as lanchonetes, tabernas e botecos imundos do Greenwich Village há um quarto de século. Às vezes, ele se gaba de ser o último dos boêmios. ‘Os outros todos caíram fora’, explica. ‘Uns estão na cova, outros no hospício e alguns no ramo publicitário’. Sua vida não é nada fácil; três flagelos o atormentam: falta de tempo, fome e ressaca. [...] Tem 1,62 metro de altura e dificilmente pesa mais que 45 quilos. [...] ‘Nos Estados Unidos, sou a maior autoridade em privação’, garante. ‘Vivo de ar, autoestima, guimba de cigarro, café de caubói, sanduíche de ovo frito e ketchup”.
Joe Gould por Al Hirschfeld (Ilustração: The New Yorker)
Esse é o início do primeiro perfil sobre Joe Gould que Mitchell publica, em 1942: “O Professor Gaivota”. 22 anos depois, em 1964, o autor publica o segundo e derradeiro: “O Segredo de Joe Gould”.
Em resumo, os dois perfis contam a trajetória de Joseph Gould, boêmio-mendigo de NY, formado em Harvard e que prometia a todos escrever o livro mais extenso de toda a história, “que até o momento conta com mais de 9 milhões de palavras”, A História Oral de Nossa Época. Gould acreditava que a verdadeira história de uma nação se faz por meio das conversas e atitudes cotidianas das pessoas. “Repositório de tagalerice, uma coletânea de disparates, mexericos, embromações, baboseiras, despautérios”, segundo o próprio autor.
O hiato de 22 anos entre as duas publicações revela uma característica bastante inata de Mitchell: a demora para concluir seus artigos. Depois da publicação de “O Segredo de Joe Gould”, em 1964, Joseph Mitchell continuou a ir até a redação da New Yorker todos os dias, batendo sem parar na sua máquina de escrever, e todo mês recebendo seu salário modesto, até 1996, ano de sua morte. Porém, nunca mais publicou nada.
Jornalismo Literário
O Jornalismo Literário é um estilo que une o texto jornalístico à literatura, com o objetivo de produzir reportagens mais profundas, amplas e detalhistas, com uma postura ética e humanizada. Este ramo do jornalismo foge do noticiário superficial, revela um universo que geralmente fica oculto nas entrelinhas das matérias cotidianas e apresenta um ponto de vista pessoal, autoral, sobre a realidade. Assim, pode-se afirmar que o Jornalismo Literário é uma mescla de Jornalismo, Literatura e História, praticado com responsabilidade e princípios morais. Ele pode ser expresso através de livros, filmes, programas de TV, artigos de jornais e revistas, meios virtuais, entre outros.
Esta especialidade é também chamada de literatura não-ficcional, literatura da realidade, jornalismo em profundidade, jornalismo diversional, reportagem-ensaio, jornalismo de autor. A subjetividade que a marca contrapõe-se à extrema objetividade do ‘lead’. Esta modalidade aparece na mídia no século XIX, em solo europeu. Na década de sessenta, no território norte-americano, destaca-se o exercício investigativo de Truman Capote, autor do livro-reportagem “A Sangue Frio”, no qual reconstitui detalhadamente um crime monstruoso ocorrido nos EUA, acentuando o perfil das vítimas e o caráter dos jovens criminosos.
No Brasil, tornou-se famosa a prática exercida pelos jornalistas da Revista Realidade e do Jornal da Tarde, que apostaram em um jornalismo que vai além das aparências e mergulha fundo nos fatos, gerando obras criativas, que exploram o lado autoral de cada jornalista, e ao mesmo tempo exigem destes profissionais o apuro na apresentação de dados minuciosos e a procura do ser humano por trás dos fatos objetivos.
A Revista Realidade foi uma das pioneiras desta modalidade jornalística no Brasil. Nascida em 1966, em pleno Grupo Abril, primava por reportagens muito bem produzidas, vindas à luz através de textos primorosos e atraentes. Ela foi inspirada no movimento corrente nos Estados Unidos entre os anos 60 e 70, o New Journalism, traduzido como Jornalismo Literário. Nomes de destaque brilharam nesta especialidade, além de Capote – Tom Wolfe, Gay Talese, Norman Mailer, Joseph Mitchel, entre outros. Esta prática do texto jornalístico mesclado com elementos da literatura também foi exercida quase involuntariamente por escritores talentosos como Euclides da Cunha, em sua obra-prima “Os Sertões”, João do Rio, jornalista e escritor, e o autor colombiano Gabriel García Márquez.
A liberdade temática propiciada pelo Jornalismo Literário continua a atrair jornalistas e leitores para esta modalidade, principalmente em momentos nos quais as pessoas procuram compreender mais profundamente os fatos ocorridos, ansiosas por vislumbrar as causas dos eventos que as afligem. Assim, em meio a um jornalismo cada vez mais sensacionalista e superficial, ainda viceja esta modalidade jornalística, principalmente na forma de livros, como os publicados pela editora Companhia das Letras, em uma coleção focada justamente no Jornalismo Literário nacional e internacional.
Fonte: Blog Biscoitos Sortidos e Info Escola. / Comentáriosno próprio texto.
A Trama Virtual, primeira comunidade de bandas no País – e uma das primeiras do mundo – encerrará suas atividades no próximo domingo. O anúncio foi discreto. “Finalizamos o serviço por acharmos que cumprimos nossa missão. A repercussão nos mostra que encerramos no momento certo; pior seria terminar e ninguém perceber”, explica João Marcelo, dono da Trama, gravadora que concebeu e incubou a rede musical.
É o fim da história de um site que antecipou no Brasil o modelo que seria consagrado pelo MySpace e por dezenas de outros serviços que facilitaram o processo de publicação de músicas na internet.
A saída à francesa lembra o início da história. A Trama Virtual foi inaugurada em maio de 2004 sem nenhum barulho. “Colocamos no ar secretamente e avisamos poucas pessoas. Em três meses tínhamos 600 artistas”, conta o produtor musical Carlos Eduardo Miranda, que atormentava Bôscoli e seu sócio, André Szajman, para criarem o projeto.
A Trama Virtual era mais do que uma interface de publicação online para as bandas, define Miranda, o primeiro diretor do projeto. “Nosso diferencial era ser uma coisa muito humana, viva. Tinha festival, a gente estava lá cobrindo.Estávamos no olho do furacão, ligados no que estava acontecendo, até um emo a gente tinha na equipe”. Dagoberto Donato, editor-chefe do site por oito anos, via o “corpo a corpo com as bandas” como uma das chaves do sucesso. “Com a diminuição da equipe, o site talvez tenha diminuído esse trabalho”, diz.
Com sua cara de rede social de bandas, foi ali que surgiram fenômenos como o Cansei de Ser Sexy e a cena emo/ hardcore, impulsionada do site direto para as grandes gravadoras. “Na época, eu usava o Mp3.com, que era muito ruim, pago e lento. Aí me falaram da Trama. Postei lá, três semanas depois falaram que tinha uma parada e a gente estava em primeiro lugar”, lembra Adriano Cintra, ex-integrante do Cansei.
Mundo real. Em 2005, a banda foi parte da investida da Trama Virtual no universo dos discos físicos com a criação de um selo. Em sua primeira tiragem, o álbum do Cansei de Ser Sexy vinha acompanhado de um CD-r para que as pessoas gravassem o disco para um amigo. A Trama Virtual também se transformou em um programa de televisão e inovou com a criação do download remunerado, em que patrocinadores bancavam o que era baixado de graça pelos usuários.
Apesar da importância, os sinais do fim já eram claros. O site estava parado desde o fim de 2012 e já não mostrava o mesmo crescimento. Atualmente, são 78 mil bandas cadastradas. Quase o mesmo de 2008, quando o site tinha 70 mil artistas.
O conteúdo sairá do ar, explica Bôscoli. “O acervo é de propriedade dos artistas – somos apenas seu veículo. O que temos no site são cópias digitais das suas masters, publicadas pelos próprios artistas”, diz.
“Não dá nem para calcular o prejuízo com o fim da Trama Virtual. É como se deletassem quase 10 anos da história da música independente brasileira do dia pra noite”, reclama Livio Vilela, um dos fundadores do Fita Bruta, que criou com outros blogs uma lista de músicas que precisam ser baixadas antes do fim.
Muitos artistas têm raridades disponíveis só no site e ainda não sabem o que fazer. “Temos algumas demos e arquivos ao vivo em nosso perfil. Vamos ter de repensar isso”, diz Nevilton, um dos artistas que viu no site uma motivação para começar a gravar o seu material.
Miranda imagina que um fim ideal seria o acervo migrar para alguma instituição, como o Ministério da Cultura, por exemplo. “Isso deve ser muito complexo legalmente, meio inviável. Temos de deixar rolar”, diz ele, que completa: “temos que agradecer à Trama pela iniciativa, pelo que fizeram. É coisa de quem acredita na nossa música”
QUEM PASSOU POR LÁ
Autoramas - A banda de rock se popularizou ali. São 16 discos no site, entre álbuns completos, demos e sessões ao vivo.
Vanguart - A banda de Cuiabá surgiu em 2002 e ganhou popularidade online – o sucesso veio em 2006, com ‘Semáforo’
O Teatro Mágico – A trupe que mistura artes cênicas e rock – e é entusiasta do compartilhamento na rede – tem três discos no site
Lulina - Há vários discos da delicada cantora recifense, inclusive o último, “Cristalina”, lançado em 2009
CSS - A banda foi a primeira a lançar um disco pelo selo Trama Virtual e fez sucesso – principalmente fora do País
Fresno - Antes de ir para a MTV, a banda gaúcha ocupou por muito tempo as paradas da Trama Virtual. Têm seis singles no arquivo
Móveis Coloniais de Acaju – A big band de ska saiu de Brasília e ganhou o País através da Trama Virtual. Subiram dois discos completos e vários singles
ParteUm - O rapper (que também trabalhou na Trama Virtual) está lá tanto no seu trabalho solo como no antigo grupo, Mzuri Sana
Dance of Days - São sucesso absoluto: eles têm as dez músicas emplacadas no ranking todos os tempos da Trama Virtual
Nevilton - A banda paranaense formada em 2007 aproveitou a Trama Virtual como plataforma para lançar EPs, singles e demos
Comentário: Eu e outras muitas pessoas somos de uma geração que cresceu junto com a internet e que acompanhou suas mudanças logo que aconteciam, vimos o orkut nascer e morrer, etc. O site Trama Virtual não era só mais um mecanismo para juntar pessoas no mundo digital, ele reunia pessoas sim, mas também distribuía cultura. Você tinha acesso à músicas de pessoas do país inteiro com mil nuances e características diferentes, além de muitas vezes permitir o download gratuito das faixas disponibilizadas. Era uma fonte online de cultura como poucas. Aproveitarei esses últimos seis dias de atividade como nunca e aconselho que vocês façam o mesmo, nem que seja pra falar um dia para os seus filhos que vocês eram da época do Trama Virtual. http://tramavirtual.uol.com.br/
OPrêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordãoé um concurso de pautas. Foi criado em 2009 com o objetivo de oferecer aos estudantes de jornalismo de todo o Brasil a oportunidade de desenvolver um trabalho prático e reflexivo desde o projeto até a realização final de uma reportagem.
Tanto o processo quanto o produto são orientados por um professor da instituição de ensino do estudante e por um jornalista mentor designado pelo Instituto Vladimir Herzog, criador e organizador do Prêmio.
A inscrição pode ser individual ou em equipe de até três estudantes, com a participação obrigatória de um professor na elaboração da proposta. São os próprios estudantes que definem a mídia para a qual o trabalho será produzido.
Uma Comissão Julgadora - formada por conselheiros do Instituto Vladimir Herzog e jornalistas convidados - seleciona os três melhores projetos de pauta a partir de critérios como relevância, criatividade e exequibilidade.
Inscrições
Destinado a alunos de graduação regularmente matriculados em cursos de Comunicação Social / Jornalismo de instituições credenciadas pelo Ministério da Educação, o 5º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão recebe inscrições entre os dias11 de março e 20 de abril de 2013.
É permitida a inscrição individual ou em grupos de até 3 (três) estudantes.Os membros de um grupo poderão ser alunos de semestres diferentes do curso mas da mesma instituição de ensino. Não é permitida a participação de alunos em mais de um grupo e somente será aceito um projeto de pauta por grupo.
Os projetos de pauta deverão contar, obrigatoriamente, com a participação de um professor-orientador vinculado à instituição de ensino dos participantes. Este professor poderá apresentar até 3 (três) propostas de pauta, ou seja, orientar até 3 (três) grupos de estudantes.
Projeto de pauta
O estudante ou a equipe deverá apresentar projeto de pauta visando desenvolver um dos temas propostos com, no máximo, 7.000 caracteres, indicando para qual tipo de mídia a matéria será desenvolvida: Jornal, Revista, Rádio, Televisão ou Internet.
Temas propostos
a) Após uma década de políticas de ação afirmativa, o que os jovens negros, que ingressam no mercado de trabalho, contam sobre discriminação e superação?
b) Bullying – como se aprende a violar a dignidade humana
Seleção
O processo seletivo será realizado em duas etapas consecutivas.
Na Etapa 1 será observada a compatibilidade dos trabalhos aos pressupostos estabelecidos no Regulamento com prévia avaliação qualitativa das propostas.
Na Etapa 2, a Comissão Julgadora deverá escolher três projetos de pauta a partir dos seguintes critérios:
•relevância da proposta no contexto do tema escohido;
•criatividade na apresentação e desenvolvimento da proposta de pauta;
•exequibilidade do projeto considerando seu cronograma de produção.
Projetos selecionados
Os projetos selecionados serão anunciados em junho de 2013.
Produção da matéria
Na fase de produção (julho a setembro de 2013), os grupos deverão elaborar a matéria apresentada no projeto de pauta selecionado. A matéria deverá ser elaborada pelo estudante ou equipe, sob a orientação do professor orientador apresentado no ato da inscrição e de um jornalista-mentor indicado pelo Instituto Vladimir Herzog.
As matérias devem observar critérios científicos e profissionais na sua execução e o Código de Ética do Jornalista (editado pela Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ) revelando competência técnica e nível de conhecimento compatível com as exigências acadêmicas, do mercado de trabalho, e de acordo com a responsabilidade social do futuro profissional.
O cronograma e os custos de produção da matéria deverão ser definidos na fase de apresentação da proposta de pauta, e sua aprovação é de responsabilidade do Instituto Vladimir Herzog.
Entrega da matéria
A matéria final deverá ser entregue pelo estudante ou equipe até o dia 30 de setembro de 2013, acompanhada de um Resumo Executivo que descreva, detalhadamente, seu processo de produção, os desafios com os quais o grupo se deparou e de que forma foram resolvidos.
A melhor matéria
Para eleger a melhor matéria produzida, os organizadores do Prêmio levarão em conta aspectos técnicos, profundidade de pesquisa do tema, qualidade dos materiais (imagens, som etc.) e originalidade no tratamento do tema.
O estudante ou grupo vencedor será premiado com uma viagem de estudos para conhecer o Museu do Apartheid, em Joanesburgo, que conta a história cultural, política e social da África do Sul e do ex-presidente Nelson Mandela, relembrando os mais de 40 anos do regime de segregação racial que reprimiu e castigou cruelmente a comunidade negra sul-africana.
A região central de São Paulo está sendo ocupada. Por arte, música e,
principalmente, pessoas, que estão saindo de suas casas e transformando as ruas
da região - degradada e marcada pelo abandono - em espaço de intervenção e
troca. Essa ocupação se manifesta de diversas formas: nas festas e protestos
políticos que levam pessoas às Praças Roosevelt e Dom José Gaspar, nos coletivos
de artistas que se instalaram em casarões nos Campos Elísios ou nas galerias que
escolheram o Vale do Anhangabaú como base. "O centro está voltando a ser palco
de encontro dos diferentes", avalia o urbanista e professor da Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo Fábio Mariz Gonçalves. Para os que já trabalham na região há algum tempo, a (re)tomada não é nova,
mas todos concordam que se intensificou no último ano. O exemplo mais cabal é o
Festival Baixo Centro, que acontece entre 5 e 14 de abril. Em sua segunda
edição, o festival quintuplicou de tamanho: 530 projetos se inscreveram para
fazer parte da programação. "Descobrimos que somos mais gente inquieta do que imaginávamos. Mas não
apenas o número surpreende, também a variedade e a poética de propostas pensadas
ou adaptadas para a rua", explica Andressa Vianna, uma das colaboradoras do
Baixo Centro. Colaborativo por princípio, o festival se baseia na internet e nas
redes sociais para a divulgação e arrecadação dos R$ 62,5 mil necessários para a
realização de todas as atividades. É pela rede também que os participantes se conectam a outros movimentos que
estão "invadindo" as ruas, como o Existe Amor Em SP. "A ocupação é feita em
várias frequências, respeitando as autonomias de cada um e tentando somar
esforços", afirma Pablo Capilé, do Fora do Eixo, um dos coletivos mais atuantes
na capital.
Praça Roosevelt
Vizinhos. Exemplo usado por absolutamente todos os entrevistados, a Praça
Roosevelt serve como alerta para que a ocupação seja feita com o apoio e a
colaboração dos vizinhos. Por isso, as ações, geralmente, terminam antes das 22h
e recomenda-se que as pessoas cuidem do lixo que produzem. "Temos que achar um
modo de fazer sem causar incômodo. Quando fazemos as coisas na rua estamos
fazendo para o bem da cidade, ajudando a revitalizar", diz o alemão Thomas
Haferlach, idealizador do Voodoohop, um dos coletivos que organiza, entre outras
festas, o Domingão no Minhocão, que leva música ao elevado. Há quatro anos na Rua Rêgo Freitas, a Matilha Cultural estabeleceu, desde o
início, diálogo com os moradores. Além de serem convidados para os eventos do
centro cultural, eles também inspiraram algumas atividades. "A ocupação pela
ocupação não é o ideal, é necessário agregar informações. Ocupar é revitalizar
por meio das pessoas", diz Rebeca Lerer, diretora da Matilha. De fato, humanizar parece ser a palavra de ordem de todos os coletivos. "São
Paulo pode ser uma cidade fértil e as ruas podem ser mais coloridas. É preciso
demonstrar que existem pessoas neste asfalto", resume Thiago Carrapatoso, do
Festival Baixo Centro.
Fonte: Estadão Comentário: A união dos moradores faz toda a diferença. O diálogo estabelecido há 4 anos faz com que as atividades sejam um sucesso.
Hilda Hilst nasceu na cidade de Jaú, interior do Estado de São Paulo, no dia 21 de abril de 1930, filha única do fazendeiro, jornalista, poeta e ensaísta Apolônio de Almeida Prado Hilst e de Bedecilda Vaz Cardoso. Com pouco tempo de vida, seus pais se separaram, o que motivou sua mudança, com a mãe, para a cidade de Santos . Seu pai, que sofria de esquizofrenia, foi internado num sanatório em Campinas , tendo nessa época 35 anos de idade. Até sua morte passou longos períodos em sanatórios para doentes mentais. Em 1946, pela primeira vez, visitou o pai em sua fazenda em sua cidade natal, Jaú. Em apenas três dias, no pouco tempo que passou com ele, perturbou-se com sua loucura. Em "Carta ao Pai" diz: "Só três noites de amor, só três noites de amor", implorava o pai, sim, o pai, ele nunca fizera uma coisa como essa, sim, era Jaú, interior de São Paulo, um dia qualquer de 1946, sim, a filha deslumbrante, tremendo em seus 16 anos, sim, o pai a confundia com a mãe, a mão dele fechada sobre a dela, sim, o pai a confundia com a mãe, a confundia, sim?..."
Hilda Hilst escreveu por quase cinquenta anos, tendo sido agraciada com os mais importantes prêmios literários do Brasil. Em 1962, recebeu o Prêmio PEN Clube de São Paulo, por Sete Cantos do Poeta para o Anjo. Mudou-se para a Casa do Sol, construída na fazenda, onde passou a viver com o escultor Dante Casarini, em 1966. Em setembro do mesmo ano, morreu seu pai. Dois anos depois, Hilda casou-se com o escultor Dante Casarini. No mesmo ano, a cantada Pequenos Funerais Cantantes, composta por seu primo, o compositor Almeida Prado, sobre o poema homônimo de Hilda, dedicado ao poeta português Carlos Maria Araújo, conquistou o primeiro prêmio do I Festival de Música da Guanabara. Hilda Hilst foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira. É considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX. Poema de Hilda Hilst "Como me sinto? Como se colocassem dois olhos sobre uma mesa e dissessem a mim , a mim que sou cego : isso é aquilo que vê , essa é a matéria que vê . Toco os dois olhos sobre a mesa , lisos , tépidos ainda , arrancaram há pouco, gelatinosos , mas não vejo o ver . É assim o que sinto tentando materializar na narrativa a convulsão do meu espírito , e desbocado e cruel , manchado de tintas , essas pardas escuras do não saber dizer , tento amputado conhecer o passo , cego conhecer a luz , ausente de braços tento te abraçar."
Comentário ( Emily Christini ): E como é bom saber que grandes mulheres são consideradas uma das maiores escritoras em língua portuguesa. Seus poemas são maravilhosos e colocam o coração, sentimento para fora e viram belos versos.
O estudo da semiótica possibilita a decifração dos códigos verbais e não verbais, o que é muito importante para comunicação que utiliza vários recursos para atingir inúmeros sentidos do receptor.
O modelo semiótico de comunicação é aquele em que a ênfase é colocada na criação dos significados e na formação das mensagens a transmitir. Para que haja comunicação é preciso criar uma mensagem a partir de signos, mensagem que induzirá o interlocutor a elaborar outra mensagem e assim sucessivamente. As questões cruciais nesta abordagem são de cariz semiótico. Que tipos de signos se utilizam para criar mensagens, quais as regras de formação, que códigos têm os interlocutores de partilhar entre si para que a comunicação seja possível, quais as denotações e quais as conotações dos signos utilizados, que tipo de uso se lhes dá. O modelo semiótico de comunicação não é linear, não se centra nos passos que a mensagem percorre desde a fonte até ao destinatário. A comunicação não é tomada como um fluxo, antes como um sistema estruturado de signos e códigos.
O modelo semiótico considera inseparáveis o conteúdo e o processo de comunicação. Conteúdo e processo condicionam-se reciprocamente, pelo que o estudo da comunicação passa pelo estudo das relações significativas, dos signos utilizados, dos códigos em vigor, das culturas em que os signos se criam, vivem e atuam. Quer isto dizer que o significado da mensagem não se encontra instituído na mensagem, como que seu conteúdo, e independente de qualquer contexto, mas que é algo que subsiste numa relação estrutural entre o produtor, a mensagem, o referente, o interlocutor e o contexto.
Livretos de poetas contemporâneos são distribuídos de graça em SP
Para divulgar a diversidade da poesia brasileira contemporânea, o Centro Cultural de São Paulo criou a coleção mensal de plaquetes Poesia Viva, distribuída gratuitamente no Centro Cultural, na Casa das Rosas e na Biblioteca Alceu Amoroso Lima. O mais recente é O observador e o nada, reedição de um livro da poeta pernambucana Micheliny Verunschk publicado em 2003.
O projeto, que teve início em 2011, conta com catorze títulos de autores como Armando Freitas Filho, Alice Ruiz e Glauco Mattoso. Os próximos, de acordo com o curador Claudio Daniel, serão Moacir Amâncio, Susanna Busato e Case Lontra Marques.
Os nomes são escolhidos por um conselho editorial que inclui também Heloísa Buarque de Hollanda, Luiz Costa Lima, Leda Tenório da Mota, Maria Esther Maciel e Antônio Vicente Seraphim Pietroforte. “Eles podem sugerir autores, mas a Curadoria de Literatura também convida os poetas, sempre a partir de critérios de qualidade estética e diversidade de estilos”, explica Claudio.
Os trabalhos estão disponíveis para download, na íntegra, no site do CCSP.
Numa visão global a respeito dos meios de comunicação de massa, a teoria funcionalista estuda as funções que tais mídias exercem na sociedade. É uma área de conhecimento que investiga sobre os conflitos que podem ser gerados pelas mídias de massa relativo ao nível de normalidade e necessidade de uma sociedade.
Trata-se de um estudo sociológico no setor de comunicação , principalmente sobre o “mass media” (mídia de massa). A teoria funcionalista estuda o equilíbrio entre indivíduos e veículos e todo o sistema de transmissão de conteúdo englobado.
É funcionalista por tentar entender a função de cada meio comunicativo e a lógica na problemática social. Relativo ao indivíduo considera o nível social da pessoa atingidas por determinada mídia, o prestígio veiculado nessa relação e as possíveis resistências de recepção do que é veiculado.
Há o estudo de “disfunções narcotizantes”, resultado de excessos na exposição de informações e conteúdos. Nesse campo de estudo, há a análise do nível de satisfação, ou seja, a atividade seletiva e interpretativa do receptor de uma mídia, se o que ela oferece atinge de fato às suas reais necessidades.
A teoria sempre defende que a existência de uma mídia deve ser submetida a uma necessidade, existência influenciada por demandas sociais. A teoria funcionalista esteve ligada a estudos desenvolvidos nos EUA, e aos teóricos da Escola de Frankfurt, na Alemanha.
Na Escola de Frankfurt, as questões acerca da comunicação de massa estiveram ligadas a previsões apocalípticas. Nos EUA, os seus conceitos são muito próximos ao da filosofia positivista.
A Teoria Estrutural Funcionalista foi desenvolvida por Harold Lasswell em sua preocupação de analisar e associar ligação entre os meios de comunicação e o seu público. A teoria de Lasswell tinha como princípio quatro perguntas básicas : quem diz? Em qual meio? Para quem? E com qual consequência?
Essas perguntas buscavam localizar o poder político dos meios e analisar a relevância de seus conteúdos emitidos. Visavam também subdividir os objetivos de cada mensagem no primeiro momento e nos momentos seguintes.
Na análise social de cada meio, visava acompanhar o cumprimento cultural e educativo de uma mídia de massa como instrumento social. A partir dos estudos de Lasswell, iniciou-se uma corrente de estudos e pesquisas nas função dos veículos de comunicação de massa na sociedade.
A teoria aborda constantemente a relação indivíduo, sociedade e mídia de massa, numa preocupação com o equilíbrio do sistema social . Há uma visão orgânica da sociedade, sobretudo, dinâmica na busca por harmonia entre os três elementos da relação.
O advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, foi condenado a 20 anos de prisão, em regime fechado, pela morte de sua ex-namorada e também advogada Mércia Nakashima, 28 anos, assassinada em 23 de maio de 2010. Após quatro dias de julgamento, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano iniciou a leitura da sentença às 17h25 no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo. A condenação foi decidida por júri popular, por um conselho de sentença formado por dois homens e cinco mulheres. Mizael sempre negou a acusação e, em plenário, disse que a investigação policial o incriminou.
Na sentença, o magistrado destacou a "culpabilidade gravíssima" de Mizael. "Conduta altamente reprovável, uma vez que é advogado e policial militar reformado", disse. "O réu sabia ou deveria saber da ilicitude de sua conduta. (...) Demonstrou absoluta insensibilidade com a vida humana."
Para o juiz Leandro Cano, Mizael "demonstrou frieza em sua empreitada". "Não bastassem os tiros, a vítima foi jogada ainda viva numa represa", disse. "O resultado morte era mais do que esperado", afirmou o magistrado.
"Não confundas o amor com o delírio de posse, que acarreta os piores sofrimentos. O instinto de propriedade, que é contrário ao amor, esse é o que faz sofrer. Os gestos de amor são humildes", disse o juiz. "As circunstâncias evidenciam o dolo intenso. (Mércia) foi atraída para uma cilada, para um lugar ermo. O fato em questão não constituiu um episódio acidental, evidenciando maior desvio de caráter do réu."
Ao terminar de proferir a sentença, o magistrado agradeceu a participação dos profissionais no tribunal e se emocionou.
O corpo de Mércia foi encontrado 19 dias depois do crime, em uma represa no município de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Na véspera, no mesmo local, foi encontrado o veículo da vítima. O vigia Evandro Bezerra da Silva, que está preso sob acusação de ser co-autor do crime, será julgado em julho - ele teria colaborado com a fuga de Mizael, mas que também nega participação no caso.
Acusação A acusação sustentou que o crime foi passional e acusou Mizael de matar Mércia por não se conformar om o fim do namoro de cerca de quatro anos com a vítima. "Mércia nunca teve inimigos. (...) O réu Mizael Bispo de Souza matou sim a Mércia Nakashima, porque sentia rejeitado e trocado! Se sentia o lixo dos lixos", disse nesta quinta-feira o promotor Rodrigo Merli, na apresentação da tese da acusação.
Durante os debates, o promotor usou cerca de 20 minutos para apontar "mentiras" - em suas palavras - e as contradições de Mizael. Lembrou o fato de o réu ter dito em seu depoimento que não tinha qualquer habilidade com armas, mas de ter dito em juízo, em outra fase do processo, que era um "exímio" atirador.
Depois, a acusação passou a explorar as provas técnicas que incriminariam Mizael: as 19 ligações entre ele e Evandro no dia do crime; as ligações registradas por antenas de telefonia que o colocam no caminho entre Guarulhos e Nazaré Paulista; o sapato do réu, que continha uma alga da represa; e o depoimento do vigilante, que disse tê-lo buscado na represa na noite em que Mércia foi morta.
Na sequência, o assistente de acusação, Alexandre de Sá Domingues, advogado da família de Mércia, tentou provar a "mágoa" que Mizael tinha da ex-namorada e leu trechos de emails enviados por ele em que discute o fim do relacionamento amoroso. Usando as fotos da vítima e da família, o acusador listou 19 pontos que considerou contraditórios entre a fala do réu e o que está registrado no processo.
Defesa A defesa também apelou para o lado emocional dos jurados, e alegou que Mizael é inocente, mas foi incriminado por uma investigação policial falha e pela cobertura sensacionalista da imprensa. "Só porque ela morreu de forma cruel, de forma trágica, vão eleger um culpado como o Mizael?", questionou Samir Haddad Júnior, que dividiu a defesa com os advogados Ivon Ribeiro e Wagner Aparecido Garcia. "Você também pode ser chamado de Tiradentes. Todo mundo quis a cabeça dele", afirmou Ribeiro, referindo-se a Mizael.
Ainda durante o debate, a defesa também tentou desqualificar as provas, acusando a Promotoria de "manipular a hora do crime" e apontando supostos erros em laudos de perícia - entre eles a alga encontrada no sapato, que teria sido "plantada" pela polícia no objeto, para incriminá-lo. "Acusação sem prova não é nada, absolutamente nada", disse Ribeiro.
Por fim, a defesa também tentou desconstruir o motivo do crime e contestou os argumentos da acusação de que Mizael se sentia rejeitado por Mércia. "Na sexta (dois dias antes do assassinato) estiveram juntos e fizeram amor. No sábado, estiveram juntos de novo e fizeram amor. Será que havia briga?", afirmou o advogado.
Durante o interrogatório de Mizael, na quarta-feira, ele negou o crime e acusou o delegado responsável pela investigação, Antonio de Olim, de incriminá-lo para se "promover" às suas custas. "Nunca queiram ser vítimas da polícia, porque não é fácil", disse ele. "Eu não matei ninguém. (...) Eu não tenho coragem de tirar a vida de ser humano nenhum", defendeu-se. "Eles não queriam o autor do crime, eles queriam um culpado". Mizael disse ainda ter sido pressionado pela Polícia Civil para confessar o assassinato, o que ele nunca fez.
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O caso A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio de 2010, após deixar a casa dos avós em Guarulhos, e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela foi ferida a tiros, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água.
Ex-namorado de Mércia, o policial militar reformado e advogado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, foi apontado como principal suspeito pelo crime e denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
A Promotoria também denunciou o vigia Evandro Bezerra Silva, que teria o ajudado a fugir do local. Preso em Sergipe dias depois da morte de Mércia, Evandro afirmou ter ajudado Mizael a fugir, mas alegou posteriormente que foi obrigado a confessar a participação no crime, sob tortura. Seu julgamento ocorrerá separadamente, em julho deste ano.