Um curta-metragem produzido por um grupo de recém-formados no curso de Midialogia da Universidade Estadual de Campinas foi selecionado para participar do Festival Internacional de Cinema de Cannes, na França, um dos mais prestigiosos e famosos do mundo. 'A Última Rosa', projeto de conclusão de curso da equipe, foi gravado em uma fazenda de São Manuel (SP) e conta a história de duas idosas doentes que enfrentam a desolação na região rural onde vivem.
Mesmo sem concorrer a prêmios em Cannes, realizado de 15 a 26 de maio, o filme será exibido no Short FIlm Corner, espaço do festival para diretores e produtores iniciantes. A organização do evento também concedeu duas credenciais - para diretores e/ou produtores grupo - que dão acesso a toda programação do festival e ao Marché Du Filme (em português, Mercado do Filme), que promove o contato entre os produtores dos filmes selecionados com produtoras e emissoras de televisão francesas e de outros países.
As midiálogas Ana Cecília Araki (diretora e roteirista do curta) e Juliana Villiotti Vale (produtora e diretora de arte) vão representar a equipe no festival francês. A inscrição do curta foi feita em fevereiro deste ano e foi uma surpresa, apesar da expectativa. "Nós já produzimos o filme pensando em manter uma qualidade muito boa e que pudesse concorrer em festivais, mas Cannes é Cannes, é o topo do topo", comemora Juliana (assista ao trailer ao lado).
Ela e a colega conseguiram ter as passagens aéreas e hospedagem pagas pela Unicamp e pelo Instituto de Artes da universidade. Elas viajam na hoje e retornam no dia 28 de maio. Acreditando nos contatos e oportunidades que terá durante o festival, Juliana sabe que este será um marco na carreira, ainda pouco conhecida no Brasil. "O curso de Midialogia é bem novo, muitas pessoas nem conhecem. Como eu quero seguir na área audiovisual, ter um trabalho aceito em Cannes é muito importante para nós", afirma.
Temática
O roteiro de 'A Última Rosa' teve como inspiração o conto 'Sarapalha', do livro Sagarana, de Guimarães Rosa, que narra a história de dois homens com malária e os únicos habitantes do vau de Sarapalha, lugar dizimado pela epidemia e abandonado pelos demais moradores. "No roteiro, a Ana (diretora e roteirista do curta) deu um tom feminino para o nosso curta, mas mantendo o tom apocalíptico, de fim de tudo", revela a diretora de arte do filme, que tem 15 minutos de duração.
O roteiro de 'A Última Rosa' teve como inspiração o conto 'Sarapalha', do livro Sagarana, de Guimarães Rosa, que narra a história de dois homens com malária e os únicos habitantes do vau de Sarapalha, lugar dizimado pela epidemia e abandonado pelos demais moradores. "No roteiro, a Ana (diretora e roteirista do curta) deu um tom feminino para o nosso curta, mas mantendo o tom apocalíptico, de fim de tudo", revela a diretora de arte do filme, que tem 15 minutos de duração.
O cenário usado para a gravação foi uma fazenda em São Manuel, propriedade da família de uma das atrizes. "Era o lugar perfeito, do tempo do auge do café, e caracterizava muito bem o ambiente que precisávamos retratar", explica Juliana Villiotti Vale. A produção começou em julho de 2012 e a gravação ocorreu em setembro, durante três dias. O curta foi finalizado em fevereiro deste ano.
CompetiçãoVoluntários
No elenco do curta estão três mulheres, entre elas as duas idosas que protagonizam a trama. Além disso, participaram da produção, gravação e edição alunos dos cursos de Música e Artes Cênicas da Unicamp, além de estudantes e formados em Midialogia. Todos os convidados pelo grupo participaram do projeto de forma voluntária.
Filmes dos irmãos Ethan e Joel Coen (EUA), Steven Soderbergh (EUA), Nicolas Winding Refn (Dinamarca) e Paolo Sorrentino (Itália) estão entre os 19 que disputarão a Palma de Ouro do Festival de Cannes.
Inspirada na figura do extravagante pianista Liberace e interpretado por Michael Douglas e Matt Damon, "Behind the candelabra" de Sodergergh (Oscar de Melhor Diretor em 2001 com "Traffic" e Palma de Ouro em 1989 com "Sexo, mentiras e videotape") está entre os escolhidos. Também integram a lista "La grande belleza" de Sorrentino e "Only Gods forgive" de Refn.
Outro destaque é o novo filme dos irmãos Coen, "Inside Llewyn Davis", protagonizado por Oscar Isaac, Carey Mulligan e Justin Timberlake, que narra a história de um compositor folk nos anos 60 em Nova York. O representante latino-americano é "Heli", terceiro longa-metragem do mexicano Amat Escalante.
O primeiro filme americano do francês Guillaume Canet "Blood ties", com Clive Owen, Billy Crudup e Marion Cotillard, que mostra a rivalidade de dois irmãos, um policial e um criminoso, também está na mostra, mas fora de competição, assim como "All is lost", do americano JC Chandor, no qual Robert Redford interpreta um homem que deve sobreviver depois de cair no mar.
"O grande Gatsby" do australiano Baz Luhrmann, com Leonardo DiCaprio, abrirá o festival em 15 de maio. "Zulu", do francês Jérôme Salle, com Forest Whitaker e Orlando Bloom, encerrará o evento em 26 de maio.
O cineasta americano Steven Spielberg será o presidente do júri internacional do festival. O diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, comandou o comitê de seleção que escolheu entre 1.859 longas-metragens de todo o mundo.
Inspirada na figura do extravagante pianista Liberace e interpretado por Michael Douglas e Matt Damon, "Behind the candelabra" de Sodergergh (Oscar de Melhor Diretor em 2001 com "Traffic" e Palma de Ouro em 1989 com "Sexo, mentiras e videotape") está entre os escolhidos. Também integram a lista "La grande belleza" de Sorrentino e "Only Gods forgive" de Refn.
Outro destaque é o novo filme dos irmãos Coen, "Inside Llewyn Davis", protagonizado por Oscar Isaac, Carey Mulligan e Justin Timberlake, que narra a história de um compositor folk nos anos 60 em Nova York. O representante latino-americano é "Heli", terceiro longa-metragem do mexicano Amat Escalante.
O primeiro filme americano do francês Guillaume Canet "Blood ties", com Clive Owen, Billy Crudup e Marion Cotillard, que mostra a rivalidade de dois irmãos, um policial e um criminoso, também está na mostra, mas fora de competição, assim como "All is lost", do americano JC Chandor, no qual Robert Redford interpreta um homem que deve sobreviver depois de cair no mar.
"O grande Gatsby" do australiano Baz Luhrmann, com Leonardo DiCaprio, abrirá o festival em 15 de maio. "Zulu", do francês Jérôme Salle, com Forest Whitaker e Orlando Bloom, encerrará o evento em 26 de maio.
O cineasta americano Steven Spielberg será o presidente do júri internacional do festival. O diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, comandou o comitê de seleção que escolheu entre 1.859 longas-metragens de todo o mundo.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/05/filme-de-formandos-da-unicamp-sera-exibido-no-festival-de-cannes.html
Comentário: Um curta brasileiro em Cannes já é uma coisa boa, imagine então um curta brasileiro feito por jovens universitários. É interessante ver como o interesse de jovens em produções audiovisuais vem crescendo aos poucos no país, cada vez mais cursos na área de comunicação se tornam mais disputados e esse crescente interesse gerará no futuro uma nova cara para a mídia e cultura nacional, uma cara mais jovem rápida e interativa e o fato de um curta universitário ser exibido em Cannes prova que entre essas várias pessoas existe sim gente qualificada e com boas ideias.
Comentário: Um curta brasileiro em Cannes já é uma coisa boa, imagine então um curta brasileiro feito por jovens universitários. É interessante ver como o interesse de jovens em produções audiovisuais vem crescendo aos poucos no país, cada vez mais cursos na área de comunicação se tornam mais disputados e esse crescente interesse gerará no futuro uma nova cara para a mídia e cultura nacional, uma cara mais jovem rápida e interativa e o fato de um curta universitário ser exibido em Cannes prova que entre essas várias pessoas existe sim gente qualificada e com boas ideias.
Giovanna Arruda Ferreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário